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Tailandeses vieram na semana passada discutir subsídios ao açúcar, diz Unica

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O presidente do Conselho da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Pedro Mizutani, comentou nesta segunda-feira, 7, que representantes do governo tailandês estiveram no Brasil na semana passada para discutir a política de subsídios ao açúcar no país asiático. "Eles manifestaram vontade em rever essa política. Ainda não desistimos de abrir um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas precisamos aguardar", afirmou ele nos bastidores do Seminário Internacional do Açúcar 2016, em São Paulo.

As discussões sobre os subsídios na Tailândia começaram no ano passado, mas foi em fevereiro último que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou o Ministério das Relações Exteriores a trabalhar em um contencioso no Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. 

Após a fase de consultas, os próximos passos são a abertura do painel ou uma solução entre as partes. Havia a possibilidade de um painel ser aberto ainda no mês passado, mas as discussões entre os dois países prosseguem. O Brasil afirma que a Tailândia elevou em 2014 o valor pago pela tonelada de cana, incentivo válido para cerca de 300 mil produtores e para um total de mais de 100 milhões de toneladas. Também questiona o aumento da área plantada no país asiático nos últimos anos. 

Por fim, o governo brasileiro pede informações sobre os custos de logística e como são definidos os preços internos do açúcar, por vezes superiores aos do mercado internacional. Brasil e Tailândia estão entre os maiores produtores mundiais de açúcar. Enquanto o Centro-Sul brasileiro deve fabricar quase 35 milhões de toneladas do alimento neste ano, a nação asiática deve produzir cerca de 10 milhões de toneladas. China Sobre a China, país que iniciou uma investigação para apurar a disparada nas importações de açúcar entre 2011 e 2016, Mizutani apenas citou que nesta semana "ocorre uma rodada de conversas entre os governos" dos países envolvidos. 

A investigação pode resultar na imposição de salvaguardas, dispositivo que, na prática, eleva as tarifas de importação de um produto, por vezes tornando inviável a outros produtores a venda para aquele destino. Iniciada no dia 22 de setembro, a investigação de salvaguarda compreende o período de janeiro de 2011 a março de 2016, quando as compras chinesas de açúcar cresceram 663%. Os países mais afetados são Brasil, Austrália, Tailândia e Coreia do Sul. Em outubro, a Unica disse não reconhecer um surto (disparada) de importações que justifique a aplicação de salvaguardas pela China.


Fonte: Estadão Conteúdo

 

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