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Etanol de milho já representa 60% do biocombustível vendido nos postos
Janeiro consolidou uma tendência irreversível no mercado de combustíveis no Brasil. Na segunda quinzena do mês passado, o etanol de milho supriu 60% do volume comercializado no Centro-Sul, principal região produtora do biocombustível no País. Assim, em plena entressafra da cana, período em que as usinas interrompem a produção, o elevado volume de etanol feito com milho que chegou ao mercado evitou o pico inflacionário previsto no final de 2017 devido à queda acentuada nas reservas brasileiras do álcool de cana.
Na safra atual, que começou em abril de 2017, a oferta de etanol de milho cresceu 130%, segundo projeções da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Em números absolutos, isso totalizou 391,85 milhões de litros.
Ainda assim, as quatro décadas de expertise brasileira na produção do etanol de cana garantem uma liderança tranquila para o álcool convencional, que reponde por 98,5% de todo o combustível produzido no País.
Porém, usinas flex, capazes de produzir o biocombustível com qualquer uma das duas matérias-primas, começam a ganhar espaço, especialmente no Mato Grosso, um gigante na produção do cereal.
Com isso, a expectativa é que em cinco anos, o etanol de milho dobre sua participação no mercado interno, ocupando especialmente as brechas deixadas pela cana no período de entressafra, no verão.
Com a alta no preço dos combustíveis observada ao longo de 2017, a expectativa é que as usinas privilegiem a produção de etanol em detrimento do açúcar na safra 2018/19 de cana, que começa a ser colhida em abril.
Fonte: Diário do Litoral
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