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Usinas deixaram de ganhar R$ 1,2 bi por causa da greve
A greve dos caminhoneiros fez o segmento sucroenergético deixar de ganhar R$ 1,2 bilhão pela não comercialização de açúcar e etanol nos dez dias de paralisação, informou ontem a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). A mobilização também fez com que as usinas da região Centro-Sul do país deixassem de processar aproximadamente 13 milhões de toneladas de cana.
O volume moído da matéria-prima atingiu 32,4 milhões de toneladas na segunda quinzena de maio, 2,2% mais que no mesmo período do ano passado. Mas o volume poderia ter sido maior não fosse a greve, que deixou as usinas paralisadas por quatro dias e meio.
No Paraná, Estado mais impactado, a perda chegou a dez dias de moagem, de acordo com Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica.
Na segunda quinzena de maio, 67,5% da cana-de-açúcar processada no Centro-Sul foi destinada à fabricação de etanol, ante 52,5% em igual período de 2017. A produção do biocombustível alcançou 1,7 bilhão de litros, 44,5% mais que na segunda metade de maio do ano passado, e a de açúcar ficou em 1,3 milhão de toneladas, o que significou uma queda de 23,8% em igual comparação.
Em consequência da greve, afirmou Padua em comunicado, “o Centro-Sul deixou de entregar 160 mil toneladas de açúcar para comercialização no mercado doméstico e mais de 170 mil toneladas para exportação”. No caso do etanol anidro (misturado à gasolina), disse, “apenas 226,95 milhões de litros foram comercializados, menos da metade do volume registrado no mesmo período da safra 2017/2018”. O impacto efetivo da greve sobre as vendas totais de etanol será calculado após a divulgação de estatísticas da ANP.
Do início da atual temporada 2018/19, em 1º de abril, ao fim de maio, a moagem de cana chegou a 134,8 milhões de toneladas, avanço de 20,2% em relação ao mesmo período da temporada 2017/18. A produção total de etanol atingiu 6,6 bilhões de litros, 51,9% maior, e a de açúcar recuou quase 4%, para 5,5 milhões de toneladas.
Fonte: Valor Econômico.
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