Últimas Notícias
Exportação de DDGS ganhou força em 2022, segundo Unem
Com objetivo de conhecer as características e demandas de potenciais parceiros comerciais, a Unem (União Nacional do Etanol de Milho) se reuniu com representantes de sete países no 4º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros, realizado pelo MAPA (Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), MRE (Relações Exteriores) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Brasília, no último dia 30.
Esta é a primeira vez que a Unem participa do evento e integra o projeto para exportar produtos de nutrição animal oriundos da fabricação de etanol de milho, os chamados DDG ou DDGS.
Durante o encontro, a consultora Andrea Veríssimo conversou com os adidos de Tailândia, Japão, Austrália, Vietnã, Reino Unido e da União Europeia, além do adido da China, que se reuniu virtualmente com a representante da Unem.
De acordo com a Unem, nesta primeira aproximação, o objetivo é entender como funciona o mercado de nutrição animal nos países com maior potencial para comprar o DDGS produzido pelas indústrias associadas da entidade. Questões sanitárias, barreiras fiscais e comerciais e até aspectos culturais dos países precisam ser analisados para que o produto brasileiro consiga entrar no mercado de forma competitiva.
A seleção dos países foi feita com base em estudos de mercado realizados pela Unem em parceria com o setor de inteligência da Apex e com a consultora Andrea Veríssimo, conforme as expectativas dos associados.
Segundo o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, foram considerados aspectos como potencial de consumo de ração, cadeias de produção animal, renda, perspectivas de crescimento, logísticas vocacionadas.
“O mercado internacional dos farelos de milho é novo para o produto brasileiro, mas com grande potencial. Em menos de dez anos vamos dobrar nossa produção e precisamos encontrar consumidores para dar vazão à produção ao mesmo tempo em que atendemos uma crescente demanda internacional. Os farelos de milho são importante insumo para produção de proteínas, ricos do ponto de vista nutricional e que podem auxiliar na produção de alimentos para população”, disse Nolasco.
Andrea Veríssimo explica que a melhor notícia vem da Tailândia, que é o maior produtor mundial de ração. “O adido da Tailândia explicou que ração animal e café é o grande negócio do país, que está à procura de parceiros que possam fornecer insumos aos produtores de frango do país. Além disso, há também grandes feiras do setor no país, que podem ser importantes vitrines para os produtos brasileiros”.
Outro país que pode se tornar um consumidor dos farelos de milho é o Vietnã. De acordo com o adido, a nação asiática busca ampliar a parceria com o Brasil e a nutrição animal é um nicho importante. O país é um dos principais compradores mundiais de milho, utilizado para produção de carnes, que aumentou cerca 30% na última década, segundo informações da Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
DDGS ganha força
Segundo a Unem, os embarques internacionais de DDGS começaram a ganhar força este ano, com a comercialização para países como Vietnã, Reino Unido e Nova Zelândia.
A expectativa é que o volume ultrapasse 400 mil toneladas, para um total de dez países em cinco continentes. Além disso, a Unem acredita que este volume pode aumentar significativamente no próximo ano.
Na atual safra, a produção de DDGS brasileira deve ser de 3,5 milhões de toneladas e, para 2030/31, está projetada uma produção superior a 8 milhões de toneladas.
Em 2020, o Brasil comercializou DDGS para a Inglaterra e Turquia, mas com a pandemia de covid-19, os envios foram suspensos em 2021 e retomados este ano.