A Syngenta, que recentemente anunciou a compra da agtech brasileira Strider, fechou uma nova parceria em sua estratégia de avançar nas tecnologias digitais voltadas para o campo. Desta vez, os trabalhos serão focados na gestão de aplicação aérea de agrotóxicos desenvolvida pela Perfect Flight.
Fundada em 2015 em São João da Boa Vista, a startup uniu a eficácia dos dados georreferenciados à alta demanda por aplicação aérea para desenvolver uma solução digital inédita.
Por meio de um aplicativo, empresas que atuam com aplicação aérea passaram a acessar dados que minimizam desperdícios de insumos, aprimoram informações sobre espaço adequado para aplicação e, consequentemente, aumentam a produtividade e a segurança no campo.
“Em apenas dois anos, a Perfect Flight monitorou mais de um milhão de hectares no Brasil. O aplicativo detecta falhas na aplicação, realiza o levantamento de dados de área aplicada e não aplicada e identifica erros de dose. Além disso, a ferramenta observa detalhadamente as propriedades por meio de mapas georreferenciados, que permitem um diagnóstico preciso a partir da análise das imagens obtidas”, diz Kriss Corso, um dos sócios da Perfect Flight.
Além de viabilizar ao produtor um controle simples e eficiente das aplicações aéreas, o aplicativo permite a criação de mapas de pré-aplicação, por meio de arquivos para o GPS da aeronave. Após o levantamento de dados, produz relatórios sobre a performance do piloto, qualidade da aplicação realizada e diagnósticos ambientais podem ser gerados, apoiando a adoção de um padrão de boas práticas na atividade de aplicação aérea.
Segundo a Syngenta, a solução já foi testada pela Tereos Açúcar & Energia Brasil na última safra, em canaviais. Conforme José Olavo Vendramini, gerente corporativo de desenvolvimento e tecnologia agrícola da companhia, a ferramenta foi utilizada em 45 mil hectares e viabilizou o aumento no índice de acerto, reduziu as perdas e falhas e elevou o índice de uniformidade de aplicações, sem citar números. Para a safra 18/19, a Tereos pretende expandir a área monitorada para 78 mil hectares, em todas as sete unidades do grupo.
Fonte: Valor Econômico