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Commodities podem ter retomada mais consistente no último trimestre de 2018

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Após uma boa tomada de fôlego, as commodities voltam a recuar nesta quinta-feira (19) e o alerta dos analistas internacionais ouvidos pela Bloomberg é bastante claro: não se deixe enganar pela relativa calma nos mercados financeiros! Os insumos da cadeia global de suprimentos estão dando sinais de alerta!

Como explicam os executivos, essas novas baixas refletem um dólar mais fortes nesta quinta e também as latentes e persistentes tensões comerciais mundo a fora.

As perdas mais expressivas são sentidas entre as commodities metálicas, determinantes para se conhecer o caminho da economia mundial, com o ouro perdendo quase 1%, a prata 1,89% e o cobre, mais de 2,6% na manhã de hoje.

“Os preços dos metais são altamente correlacionados com a atividade econômica mundial e têm um bom desempenho nas previsões dos movimentos de mais curto prazo nos PIBs, por exemplo, explica o economista do Banco da Inglaterra, Tom Wise.

O Índice Bloomberg de Commodities recuou 10% desde maio, quando alcançou seu pico de três anos. Entre os 22 itens agregados pelo índice, apenas os futuros do gado, do algodão e do suco de laranja conseguiram se sustentar. Da mesma forma, 21 das 24 moedas de economias emergentes também cederam nesse intervalo, entre elas o real.

Nesta quinta-feira, somente diante da moeda brasileira a americana sobe mais de 1% e busca os R$ 3,90. “Em síntese, o mercado doméstico está voltado totalmente para o exterior”, afirmou o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado à agência Reuters.

Para os analistas do ING Bank e do Commerzbank, está próximo o movimento intenso de ‘sell-off’ entre as commodities, com a possibilidade de uma retomada mais consistente dos preços no último trimestre do ano, quando as tensões da guerra comercial poderiam estar mais amenas.

“Os preços já caíram demais e e agora esperamos que haja um contra-movimento na medida em que a situação se acalme”, acredita Daniel Briesemann, analista do Commerzbank à Bloomberg. 

Commodities Agrícolas

Ainda nesse movimento de recuperação, as commodities agrícolas poderiam econtrar espaço para recuperação também na volta dos fundos investidores à ponta compradora do mercado, os chamados ‘caçadores de barganhas’, como explicam analistas do portal britânico Agrimoney.

Nesta semana, já foram registrados bons ganhos na soja – em um movimento bastante técnico, com os fundos vendidos realizando parte de seus lucros, depois de a oleaginosa bater em suas mínimas de 10 anos.

E o mesmo pode ser sentido no mercado futuro norte-americano do milho. Nesta quarta-feira, foi registrado um corte de 36,643 mil lotes na posição comprada, sendo o volume maior do que o esperado pelos traders. “Os fundos foram mais vendedores do que se esperava no caso do milho”, disse um boletim da Benson Quinn Commodities.

Já nesta quinta-feira, porém, os futuros do cereal sobem quase 1% entre os principais contratos na Bolsa de Chicago. O mesmo acontece com o trigo, que sobe mais de 2% na CBOT no pregão de hoje, e com os futuros do café arábica, em Nova York, com altas de quase 0,9%.

Para a soja, mais especificamente, as questões que envolvem a guerra comercial são um pouco mais profundas e têm seus efeitos atuando por mais tempo sobre os preços. A demanda da China pela oleaginosa norte-americana, afinal, reduziu de forma drástica e sobre isso não deverá ser observada uma mudança assim tão cedo.

O peso, inclusive, se estende para outras duas commodities: o farelo e o óleo de soja. E desde o início da guerra comercial, os preços do grão já acumulam uma baixa de mais de 20% na Bolsa de Chicago.

“Essa conjuntura deve impactar os mercados de commodities de maneira significativa, orientando as expectativas para o crescimento econômico mundial e do Brasil, rebalanceando o market share americano no mercado chinês e conduzindo a trajetória do câmbio”, avalia o analista de mercado da INTL FCStone, Vitor Andrioli.

Tal conjuntura deverá ser composta pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, a sinalização do Federal Reserve de quatro altas na taxa de juros neste ano e, no Brasil, se agregando ainda os efeitos da greve dos caminhoneiros brasileiros e as incertezas acerca das eleições presidenciais no país.

Fonte: Notícias Agrícolas 

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