Na safra que se encerra em setembro, Brasil segue caminho oposto aos produtores supracitados de açúcar, e diminui superávit global no ciclo 2017/18, estimado anteriormente (julho/2018) em 10,8 milhões de toneladas, para 10 milhões de toneladas de açúcar, segundo nova revisão de setembro divulgada pela consultoria INTL FCStone. “A tonelagem continua como a maior registrada desde o ciclo 2012/13, quando o superávit chegou a 11,7 milhões de toneladas”, ressalta João Paulo Botelho.
Dentre os produtores supracitados, destaca-se o papel da Índia, que ultrapassou o Brasil atingindo 32,3 milhões de toneladas (valor branco), fabricação recorde do adoçante no ciclo 2017/18. O número atingido é resultado do bom desempenho das monções em 2017, uma expansão significativa na área de cana e a introdução de uma variedade mais produtiva nas lavouras de Uttar Pradesh, o maior estado produtor.
A União Europeia também foi destaque na garantia de uma oferta mais robusta, contribuindo com 19,7 milhões de toneladas (valor branco) – reflexo da abolição das cotas impostas sobre a produção e exportação de açúcar, permitindo que produtores incrementassem significativamente a área cultivada com beterraba em um cenário de preços relativamente favorável.
No lado da demanda, cálculos mais recentes apontam consumo global do adoçante reduzido para 183,8 milhões de toneladas. “A demanda parece não ter sido estimulada pelos baixos patamares de preço do açúcar no mercado internacional”, avalia Botelho.
Fonte: INTL FCStone