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O que as empresas esperam do próximo presidente

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Às vésperas do primeiro turno das eleições, a posição de neutralidade que dominava até agora perde espaço. Além de alguns políticos que optaram por mudar de barco na reta final da campanha e de representantes de algumas igrejas, parte do setor produtivo também começou a tornar pública sua preferência sobre o ocupante da cadeira presidencial a partir de 1º de janeiro de 2019. O movimento ainda é pontual, mas mostra que a polarização entre os primeiros colocados nas pesquisas de intenção de votos causa desconforto.

Ontem, foi a vez da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), que reúne em torno de 70 mil produtores no país, assumir sua simpatia e apoiar Jair Bolsonaro (PSL) ao Palácio do Planalto. A entidade, por meio de seu presidente, Alexandre Andrade Lima, já via com simpatia o candidato há pelo menos um ano e contou com o seu apoio nas discussões referentes ao RenovaBio, um programa do governo que prevê vantagens aos combustíveis limpos como forma de cumprir o compromisso internacional de redução de emissões de gás carbônico.

Antes de definir pelo apoio a Bolsonaro, Lima conversou com os dirigentes da Feplana em outras regiões, em especial com os representantes do Centro-Sul do país, que estavam alinhados a Geraldo Alckmin, do PSDB, em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto. Com a chance muito pequena de o tucano avançar na disputa, o presidente da entidade decidiu propor o apoio ao candidato do PSL. “Com a ascensão do PT ao poder, muitos temem que haja uma ‘venezuelização’ do país, daí o apoio ao Bolsonaro”, afirma Lima.

O presidente da Feplana acredita que o candidato pelo PSL é o que mais tem afinidade com o agronegócio, em especial no que diz respeito à segurança. O político defende, por exemplo, a flexibilização do Estatuto do Desarmamento e uma das justificativas é que os produtores rurais poderão se proteger.

“Bolsonaro já se mostrou muito voltado aos temas do agronegócio, por exemplo, ao se posicionar sobre as invasões de terra, o MST e a segurança no campo. Precisamos que haja segurança jurídica para investir, não apenas no setor de produção de cana, mas em outros setores. Por isso achamos que é hora de colocar a cara, para mudar e ter um país melhor. Se der errado nós mudamos de novo daqui a quatro anos”, explica. Apesar de esperar por uma posição firme de Bolsonaro na defesa do RenovaBio, esse compromisso não faz parte do programa de governo do candidato.

“Realmente, o RenovaBio não faz parte do programa, mas tenho certeza que ele vai priorizá-lo”, acredita o representante dos produtores de cana-de-açúcar. Um dia antes do anúncio da Feplana, foi a vez da Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB) lançar manifesto de apoio ao candidato do PSL à Presidência. A entidade é composta por 27 federações, 2.300 associações e reúne cerca de 2 milhões de empresários.

Com o título “O Brasil em nossas mãos”, o documento, assinado pelo presidente da entidade, George Teixeira Pinheiro, tenta mostrar uma entidade preocupada com a divisão do país e propõe o que foi chamado de “pacto nacional” para a construção de um “sólido recomeço”.

Ainda segundo a entidade, é preciso “afastar os maus políticos do poder”. “Não podemos permitir que o Brasil dê um passo para atrás e que condenados pela Justiça e envolvidos com comprovados esquemas de corrupção voltem a governar nosso país”, defende o texto, em referência indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Liquidar a fatura

Também na quarta-feira, outro setor relevante do agronegócio explicitou seu apoio. Em encontro com o vice de Bolsonaro, General Hamilton Mourão (PRTB), os presidentes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Antônio Galvan, entregaram um conjunto de propostas para o candidato.

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