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Cresce interesse de investidores para usinas de etanol de milho

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Dias depois de divulgar uma análise sobre usinas de etanol de milho, o Rabobank observou forte interesse de produtores no assunto: 40 quiseram participar de teleconferência sobre o tema, no fim de setembro. Pelos cálculos do Rabobank, a receita obtida com 1 hectare de milho poderia ser 90% maior com a venda do grão combinada com a de etanol e coprodutos do combustível. “Quando a cotação do grão estiver baixa, o produtor pode usar a capacidade máxima da usina para produzir etanol; quando o milho estiver com preço bom, opta pela venda do grão”, explica Victor Ikeda (Foto), analista de grãos do Rabobank.

Menos cana

A Usimat, principal usina de Mato Grosso a produzir etanol com cana-de-açúcar ou milho, pretende priorizar, aos poucos, o cereal no processamento, por questões econômicas e operacionais. Ao mesmo tempo, a companhia trocará lavouras de cana pelas de eucalipto, cuja madeira será utilizada para a geração de energia elétrica na unidade térmica, em substituição ao bagaço. (Broadcast 08/10/2018)

Dreyfus aproveita oferta ampla e bate recordes no Brasil

Embalada por colheitas recorde de soja, algodão e café e pela recuperação da oferta de laranja no Brasil, a multinacional francesa Louis Dreyfus Company (LDC) caminha para registrar em 2018 a maior movimentação de produtos agrícolas de sua história no país, que teve início em 1942. Com receita líquida total da ordem de US$ 40 bilhões por ano, a LDC é uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, é o “D” do tradicional grupo das “ABCD”, também formado pelas americanas ADM, Bunge e Cargill.

Segundo Murilo Parada, CEO da LDC no Brasil, graças aos investimentos e às parcerias que fez em logística nos últimos anos – sobretudo para ampliar o escoamento de grãos pelo Arco Norte -, a companhia vem conseguindo aproveitar o aumento dos volumes de grãos à disposição. Segundo fontes de mercado, entre soja e milho, com maior peso da oleaginosa, a empresa deverá originar 14 milhões de toneladas este ano no país. Parada não confirma o número, mas reforça que a LDC nunca antes originou tanta soja, milho e algodão no Brasil, e que cerca de 70% dos volumes são exportados.

Pelo Arco Norte, diz, o movimento deverá chegar a 1 milhão de toneladas em 2018 e a ideia é alcançar 4,5 milhões. Parcerias na área logística como a mantida com a brasileira Amaggi (empresa da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi) e com o grupo japonês Zen-Noh têm sido fundamentais para o avanço da múlti na região, mas também é nessa frente que a LDC concentra seus investimentos. No total, a múlti tem investido cerca de R$ 500 milhões por ano no Brasil, e esse mesmo ritmo deverá ser mantido pelo menos até 2020, segundo Parada.

“Dos planos de investimentos do grupo para os próximos três anos, cerca de 30% deverão ser aportados no Brasil, onde está nossa maior base de ativos físicos e de funcionários”, afirma. Levando-se em conta todas as cadeiras produtivas nas quais atua (grãos, algodão, café, açúcar e sucos cítricos), a LDC tem no país 60 unidades industriais e de logística e, nos picos de safra, chega a empregar 12 mil pessoas.

Cerca de 70% dos aportes são em infraestrutura. Não apenas em barcaças e terminais portuários no Norte e em armazéns de grãos em Mato Grosso para alimentar a nova rota, mas também em outros segmentos, como sucos. De acordo com Parada, a LDC hoje tem três navios à disposição (“dedicados”) para o transporte de suco de laranja para exportação, mas passará a usar dois, mais modernos. E também vai investir para ampliar a operação com suco de laranja não concentrado (NFC), cuja demanda externa tem crescido mais que a do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ). A LDC responde por entre 20% e 25% do total das exportações brasileiras de suco de laranja, que normalmente supera o patamar de 1 milhão de toneladas.

“Há potencial para crescermos em todas as nossas frentes de atuação no Brasil”, anima-se Parada, que também é o principal executivo global da LDC no segmento de sucos. Mesmo que as safras nacionais de grãos, algodão, café e citros sejam menores, confia, os investimentos realizados, e os que estão em curso, poderão maximizar as movimentações também no ano que vem. O aprofundamento da estratégia de parcerias também tendem a colaborar para o avanço.

Parada garante que, em boa medida graças ao Brasil, a LDC tem colhido bons resultados e que o cenário é positivo. E que a múlti tem conseguido driblar os sacolejos decorrentes das disputas comerciais dos Estados Unidos, principalmente com a China. “A valorização da soja no Brasil, por exemplo, reduziu as margens de processamento no país. Mas nos EUA aconteceu o contrário, e na China as margens também estão boas. Temos que saber evitar as distorções do mercado”.

No primeiro semestre deste ano, a multinacional informou que registrou receita líquida de US$ 18,8 bilhões, mesmo patamar de igual intervalo de 2017, e lucro líquido da ordem de US$ 100 milhões, US$ 60 milhões menor. Em comunicado, o novo CEO global da companhia, Ian McIntosh, considerou a performance “resiliente”, palavra que está na moda no mundo corporativo.

Para continuar assim, prega Murilo Parada, é importante que a LDC, fundada em 1851 e que nos últimos anos passou por uma série de mudanças em seu alto escalão de comando, continue se reinventando e não perca o bonde da modernização, já que novos processos digitais estão mudando radicalmente a maneira de fazer negócios. (Valor Econômico)

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