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Açúcar ganhou fôlego contra resto do mercado e etanol perdeu na briga com petróleo e câmbio

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Sem se desprender demais do movimento do petróleo e do câmbio, o açúcar em Nova York pode estar dando cada vez mais evidências quanto ao peso dos seus fundamentos. Ao contrário da quarta, quando foi arrastado pelo mau humor dos mercados financeiros, de forma pontual, nesta quinta (31) a commodity andou para cima enquanto o Brent caiu.

Em 20 pontos a mais, 12.73 c/lp, o março, e mais 17 c/lp o maio – que está para virar a tela mais importante – negociado a 12.81, os negócios na ICE podem estar saindo da resistência da 12.50 c/lp e “entrando em um canal de alta”, temperado por menor disponibilidade futura do açúcar na Índia e seca no Centro-Sul do Brasil, na observação de Maurício Muruci, da Safras & Mercado.

O petróleo em Londres oscilou bastante, dos dois lados da tabela, para ficar em baixa em torno de 1%, quase nos US$ 61, depois que o mercado abriu a banca superestimando notícias positivas quanto a um acordo entre China e Estados Unidos. Além do possível freio dos Estados Unidos sobre as taxas de juros como denotou o Federal Reserve (FED), que muitos tentaram ver até como janela para reduções.

Em combinação com petróleo mais barato, o câmbio no Brasil, cujo rally levou o dólar a perder mais 2% em várias passagens do dia, favorece a competitividade da gasolina no mercado brasileiro no momento que os preços do etanol caem na usinas em uma entressafra bem estocada.

Rumo do açúcar

Eduardo Sia, da Sucden Brasil, ainda chama atenção para as variáveis petróleo e câmbio sobre o açúcar, e também vê os agentes tentando achar uma régua para precificar a menor produção de cana no Brasil com esse veranico se arrastando há quase dois meses.

“Agora, as confusões e dúvidas sobre o mercado indiano para essa safra ainda dominam boa parte da cena”, resume

A Índia há tempos tira a bússola dos traders, que boa parte do tempo ficaram atrelados aos dados do USDA de superávit global de 9 milhões de toneladas, sendo 5 da Índia. Os indianos também foram revendo mais moradamente suas estimativas menores de produção, até que entrou no ambiente a possibilidade de retirada de 3 milhões de toneladas na próxima safra para fabricação de anidro, somando as 1 milhão da temprada atual.

Muruci soma essa perspectiva, mais a quebra brasileira, e menos 4 milhões de toneladas de açúcar de beterraba de Europa, para apostar em linha de alta, até 14 c/lp, com apoio no futuro próximo a 13.50 c/lp.

Há potencial para isso, “se o petróleo não estragar a festa”, pondera o trader da Sucden.

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