Redação RPAnews – A questão da venda direta não é um impeditivo para a implementação do RenovaBio. De acordo com Décio Oddode, Diretor-Geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), durante o Ethanol Summit, que acontece durante os dias 17 e 18 deste mês, quando olhamos o comportamento dos preços de derivados do petróleo no Brasil desde 2012 até agora, percebemos que durante a maior parte do tempo o país esteve com os preços desconectados se comparados com os valores internacionais.
Especialmente se olharmos para os momentos de crise e recessão, ele afirma, os preços estiveram muito abaixo dos praticados no mercado internacional. “O que está acontecendo no brasil é uma transformação gigantesca. No setor de petróleo, está ocorrendo a transição entre modelo de monopólio para o modelo diversificado. Isso é muito bom para a indústria de combustível. Queremos que isso seja perene. Então essa competição permitirá investimentos não só nas usinas já existentes, mas como também nas novas que deverão ser abertas”, afirma Oddode.
Outros processos também estão se tornando mais competitivos, deixando o monopólio de lado e isso favorece na competição e atrai investimentos, contam especialistas. “Além disso, temos a oportunidade, com essa abertura maior que estamos tendo, de propor ICSM fixo, sem essa flutuação que vemos por aí. O que acaba fazendo com que os casos de clandestinidade sejam praticados em um percentual elevado”, ressalta Oddode.
De acordo com Ricardo Sales, Ministro do Meio Ambiente, todos as políticas do governo Bolsonaro mostram que o assunto matriz renováveis e a luta pela redução das emissões de CO2 estão em foco. Para ele, o Brasil é exemplo e não um país que deve receber lições. “Nós temos que dar lições e ensinar os outros países como é que se faz. O que precisamos é ter uma objetividade, ter uma postura bastante clara daquilo que é efetivamente bom para o país. O governo atual é um governo que trabalha em conjunto. Tudo que se mostrar interessante para o país, será feito. O setor produtivo, em especial o sucroenergético, tem apoio total no governo atual”, finaliza.
Produção de etanol deve chegar a 49 bilhões de L
De acordo com dados da ANP, a expectativa é de que o Brasil, que em 2018 produziu 34 bilhões de litros de etanol, chegue a grande marca de 49 bilhões de litros em seis anos.