A Petrobras aprovou nesta quarta (28) as duas últimas operações de venda de ativos em 2016, que somam juntas o valor de US$ 587 milhões.
Com isso, a estatal fecha a primeira etapa de seu programa de investimentos com uma receita de US$ 13,6 bilhões, US$ 1,5 bilhão abaixo da meta proposta em 2015.
As operações aprovadas foram a venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) à mexicana Alpek, por US$ 385 milhões, a venda de fatia na Guarani S.A à francesa Tereos, por US$ 202 milhões.
Os dois negócios já haviam sido anunciados pela estatal, mas confirmados em reunião do conselho de administração da empresa nesta quarta. Ambas estão na lista de cinco operações autorizadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Em fato relevante, a Petrobras argumentou que não conseguiu cumprir a meta de desinvestimento para o biênio 2015-2016, de US$ 15,1 bilhões, porque liminares judiciais impediram a venda dos campos de Tartaruga Verde e Baúna à australiana Karoon.
As negociações, diz a estatal, já estavam avançadas, com apresentação de proposta pela compradora, mas foram suspensas após liminar obtida por petroleiros na Justiça de Sergipe.
Assim, a meta de desinvestimento para o período entre 2017 e 2018 passa de US$ 19,5 bilhões para US$ 21 bilhões.
A direção da Petrobras diz que as vendas são necessárias para reduzir o elevado endividamento da companhia. O processo, porém, recebe fortes críticas de sindicatos ligados à estatal.
OPORTUNIDADE
“Para a Tereos, esta aquisição é uma oportunidade para fortalecer sua presença no Brasil, líder global na produção de açúcar”, disse, em nota, o diretor-presidente da empresa francesa, Alexis Duval.
A Guarani é a terceira maior produtora de açúcar do Brasil, com um processamento de 20 milhões de toneladas de cana na safra 2016/2017.
A empresa possui sete unidades produtoras de açúcar e etanol e duas refinarias, todas localizadas no Estado de São Paulo.
