O déficit de quase 4 milhões de toneladas na produção de açúcar da Índia, segundo maior produtor da commodity e maior consumidor de açúcar do mundo, continua pressionando os mercados e alavancando os preços do adoçante em todas as bolsas. Ontem (1º), os pregões de Nova York e Londres fecharam com forte alta em todos os vencimentos. Segundo analistas ouvidos pelo jornal Valor Econômico de hoje, "as especulações sobre a possibilidade de a Índia derrubar as tarifas sobre a importação de açúcar este ano voltaram a dar sustentação aos preços do açúcar na bolsa de Nova York (…) Enquanto as autoridades locais afirmam que estoques de 7,75 milhões de toneladas do país são suficientes, o banco ING estimou ontem que a Índia terá de importar pelo menos 2 milhões de toneladas para atender o mercado interno em 2017". Diante deste cenário, os preços do açúcar em Nova York fecharam em 20,84 centavos de dólar por libra-peso no vencimento março/17, uma alta de 39 pontos no comparativo com a véspera. As demais telas se valorizaram entre 11 e 24 pontos. Em Londres, o vencimento março/17 ficou em US$ 546,50 a tonelada, alta de 6,50 dólares no comparativo com a véspera. Nos demais vencimentos, a valorização oscilou para cima entre 3,40 e 6,10 dólares a tonelada. Mercado doméstico Na contramão da tendência mundial, os preços do açúcar fecharam em baixa no mercado interno brasileiro ontem, segundo dados do Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos do tipo cristal foi comercializada a R$ 84,75, contra R$ 85,65 da véspera, baixa de 1,05%. Etanol diário Pelo oitavo dia seguido, os preços do etanol hidratado fecharam em baixa nos índices da Esalq/BVMF. O metro cúbico do biocombustível iniciou fevereiro cotado a R$ 1.805,00, desvalorização de 0,06% no comparativo com a véspera. |
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Rogério Mian Fonte: Agência UDOP de Notícias |