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Preço da gasolina dispara e etanol bate recorde de venda

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A alta no preço da gasolina — que atingiria seu nível máximo na saída das refinarias hoje — tem levado um grande número de motoristas a optar pelo etanol na hora de abastecer o veículo. Prova disso é que no primeiro semestre deste ano a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou recorde na venda do derivado da cana-de-açúcar. Isso também é sentido em Curitiba, onde alguns postos chegam a trabalhar com estoques reduzidos do etanol.

Segundo os dados da Síntese Mensal de Comercialização de Combustíveis, divulgado pela Superintendência de Defesa da Concorrência, Estudos e Regulação Econômica (SDR), entre janeiro e junho deste ano foram comercializados em todo o país 8,09 bilhões de litros de etanol. O valor é 38,45% superior ao verificado no mesmo semestre de 2017, quando as distribuidoras entregaram 5,84 bilhões de litros do produto aos postos de combustíveis.

Em contrapartida, as vendas de gasolina tiveram queda de 11,98% nesse mesmo período, passando de 22,42 bilhões de litros para 19,73 bilhões. Apesar disso, em junho as vendas tiveram leve crescimento de 2,39% na comparação com o mês anterior, alcançando 3,14 bilhões de litros, resultado que reflete a normalização após a a greve dos caminhoneiros, ocorrida nas duas últimas semanas do mês de maio e que havia feito a demanda por combustível dos consumidores não ser atendida e convertida em vendas no período.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), a alta na demanda pelo etanol é explicada pelo preço mais baixo na comparação com a gasolina. Embora o biocombustível esteja mais caro neste ano do que em 2017 (o valor subiu 18%, passando de R$ 2,485 o litro para R$ 2,933 na comparação de junho de cada ano), o valor subiu menos que o do derivado do petróleo (que teve alta de 28,3%, alcançando R$ 4,552 ao final do semestre).

“A demanda é explicada pelo preço mais baixo do etanol. No período da safra da cana-de-açúcar há uma oferta maior deste biocombustível. Com a oferta maior, os preços caem. Assim, para o consumidor os preços ficam mais atraentes. É um ciclo natural do mercado de combustíveis. Este ano, como a safra foi muito boa, foi potencializado”, explica o presidente do Sindicombustíveis-PR, Rui Cichella, ressaltando ainda que o preço do etanol geralmente varia conforme o período do ano: na época da safra costuma baixar; nos meses da entressafra, tende a subir. 

Ainda segundo o sindicalista, essa mudança no comportamento do consumidor tem um impacto positivo para o setor. “Para os postos é sempre melhor vender um combustível mais barato. Isto estimula o consumo e também exige menor capital de giro para os empresários dos postos. Assim, os preços atrativos do etanol são muito bons para a revenda.”

Fonte: Bem Paraná

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