A IndyCar Series terá carros de corrida abastecidos com mistura de etanol de segunda geração. Isso faz parte do novo acordo da Shell como fornecedora oficial de combustível da IndyCar. A partir da próxima temporada, o novo combustível da Shell para a IndyCar será uma mistura de etanol de segunda geração e outros biocombustíveis.
Segundo reportagem da MotorSport o resultado é um combustível 100% composto por matérias-primas categorizadas como “renováveis” de acordo com as estruturas regulatórias aplicáveis. Atualmente, o combustível usado é uma variação do E85, que contém 85% de etanol e 15% de combustível de corrida de alta octanagem.
A nova versão permite uma redução de pelo menos 60% nas emissões de gases de efeito estufa em comparação com a gasolina de origem fóssil. Roger Penske, proprietário da equipe Penske, da IndyCar e do Indianapolis Motor Speedway, disse que em discussões com a Shell, foi analisado o que pode ser feito “além de um patrocínio, de como podemos fazer algo pelo meio ambiente. Então fomos trabalhar.”
“Obviamente, com nossos dois fabricantes de motores (Chevrolet e Honda), basicamente tivemos que deixá-los confortáveis do ponto de vista de durabilidade e confiabilidade e também da perspectiva de potência. Eu diria que esta é realmente uma decisão dos fabricantes. É a primeira categoria real a ter esse tipo de compromisso. Acredite, todo mundo queria ter certeza de que foi feito corretamente e conseguimos o que queríamos tecnicamente.”, afirmou.
O etanol de segunda geração utilizado no combustível será proveniente da Raízen, joint-venture brasileira criada em 2011 pela Shell e Cosan. A Raízen é uma das maiores produtoras de etanol de cana-de-açúcar do mundo e proprietária da primeira usina comercial de etanol de segunda geração.
“Este é um momento decisivo quando você pensa sobre o meio ambiente, a sustentabilidade – a coisa em que todos estamos focados hoje”, disse Penske.
Dani Silva, vice-presidente de contas corporativas da Shell, disse que muitos elementos foram necessários para selecionar o tipo de combustível que a IndyCar utilizará. “O etanol de segunda geração é algo em que a Shell investe em uma joint venture desde 2011, por isso é fundamental que entendamos como pode ser um combustível sustentável. Há muitas opções hoje em matéria-prima que o torna renovável”, disse Silva.