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Milho: O que aconteceu no mercado e o que esperar a partir de agora

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Desenvolvimento do clima nos EUA, evolução da colheita de milho no Brasil, o ritmo das exportações do grão, a gripe aviária e a condição da oferta mundial, são alguns dos pontos que devem ser observados de perto nas próximas semanas no mercado de milho.

A colheita do milho 2ª safra em Mato Grosso chegou a 1,26% da área total, avançando cerca de 0,78% durante a última semana, confirmando que a colheita de milho continuou em evolução nesses últimos dias. No entanto, de especialista Ruan Sene, analista do mercado da Grão Direto, em outras regiões, por mais que a colheita já tenha começado, ainda estão em estágios iniciais.

Já no mercado externo, o plantio norte-americano seguiu em ritmo acelerado e com níveis acima de 90%. Junto a isso, as previsões climáticas tiveram mais uma semana de forte influência nas cotações de Chicago, onde as incertezas para as próximas semanas resultaram em muita oscilação justificando assim, as exportações em maio que foi mais lenta.

De acordo com o Secex, o mês de maio fechou com volume em torno de 385 mil toneladas, cerca de 65% a menos que o mesmo período do ano anterior. Essa queda já era esperada pelo mercado. Diante disso, as cotações de Chicago finalizaram a semana sendo cotadas a US$ 6,08 o bushel (+0,50%) para o contrato com vencimento em julho de 2023.

O que esperar do mercado para as próximas semanas?

Para as próximas semanas, o analista da Grão Direto diz que é preciso ficar alerta no clima dos Estados Unidos. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), a próxima semana trará chuvas abaixo da média na região Nordeste do cinturão produtor, afetando os principais estados produtores, como Iowa, Illinois e Minnesota. “Caso esse cenário se confirme, é esperado que as cotações de Chicago continuem se valorizando”, disse.

Ainda de acordo com ele, a região Central do Brasil deve continuar evoluindo na colheita do milho, diante das condições climáticas favoráveis. A região Norte terá continuidade de chuvas, de acordo com o INMET, e isso poderá atrasar o início da colheita.

“Com isso, também é esperado que as exportações aumentarão conforme evolução da colheita. Com a chegada do milho no mercado, a demanda internacional começará a se fazer mais presente no mercado brasileiro, diante dos preços atrativos do cereal. O movimento mais intenso deve acontecer a partir de julho”, adicionou Sene.

Casos de gripe em monitoramento e oferta e demanda mundial

Apesar do aumento de casos confirmados em vários Estados, até o momento, o contágio acometeu somente aves silvestres. A observação e acompanhamento dos casos de gripe serão mantidos. Já o Relatório de oferta e demanda mundial, no próximo dia 9 de junho, o USDA realizará uma atualização dos dados de oferta e demanda. Espera-se que essa atualização possa indicar uma nova redução na produção da Argentina, uma vez que não houve alterações nos números do relatório anterior.

Ainda de acordo com Sene é esperado o relatório do USDA, que deve manter os números de produção do Brasil e dos Estados Unidos. “Além disso, há possibilidade de uma redução na previsão de exportação dos Estados Unidos para a safra 2022/23, enquanto a previsão de exportação do Brasil, de 55 milhões de toneladas, pode ser mantida. Também está previsto que as cotações poderão continuar se desvalorizando. O início da colheita do milho, combinada com a atual baixa demanda, provavelmente manterá a pressão sobre os preços do milho no Brasil”, observou.

Maria Vitoria Trintim, com informações da Grão Direto/ Sob supervisão
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