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Adecoagro registra queda no resultado do negócio sucroenergético no 1T25, mas mantém projeções otimistas

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Foto Ilustrativa: Crédito: Adecoagro/Ivinhema
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A Adecoagro, uma das principais produtoras de bioenergia e alimentos sustentáveis da América do Sul, registrou queda significativa na moagem no primeiro trimestre de 2025. A companhia processou 1,49 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, volume 31,3% inferior ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados ontem (13) pela companhia em relatório de resultados do primeiro trimestre de 2025.

A produtividade agrícola também foi impactada no período. O rendimento por hectare caiu 24,2%, ficando em 53 toneladas, e o teor de açúcares (ATR) por tonelada de cana diminuiu 6,8%, fechando em 109 kg/t. A produção total de açúcares equivalentes (ATR) somou 170,9 mil toneladas, representando uma queda de 37,1% em relação ao 1T24.

Ainda de acordo com relatório da Companhia, a  produção de açúcar caiu 46,7%, com 63,6 mil toneladas, enquanto o etanol totalizou 61 mil m³, volume 30,1% menor do que no mesmo trimestre do ano anterior. Dentro desse total, o etanol hidratado foi responsável por 33,5 mil m³ (queda de 58,1%) e o anidro por 27,6 mil m³ (alta de 267,7%), refletindo uma mudança estratégica no mix de produção diante da demanda e dos preços.

Já a energia elétrica gerada a partir da biomassa e exportada para a rede foi de 56,2 mil MWh, redução de 22% em comparação ao 1T24. Apesar disso, a eficiência na cogeração aumentou 13,5%, graças ao uso de bagaço estocado e à priorização de vendas no mercado spot.

Mesmo com queda na moagem, etanol sustenta receita

No aspecto financeiro, o segmento de Açúcar, Etanol e Energia da Adecoagro apresentou receita líquida de US$ 118,9 milhões, alta de 15% na comparação anual. O desempenho positivo se deve, principalmente, à estratégia comercial adotada para o etanol, que garantiu maior rentabilidade apesar da queda nos volumes produzidos.

Durante o trimestre, a empresa comercializou cerca de 160 mil m³ de etanol – o equivalente a 98% dos estoques do final de 2024 – a um preço médio de R$ 2.700/m³, valor 30,7% superior ao praticado no 1T24 em moeda local. Essa movimentação foi considerada bem-sucedida pela companhia, que destacou sua flexibilidade de armazenar e vender o produto no momento mais vantajoso.

O segmento também gerou US$ 1,3 milhão com a venda de créditos de descarbonização (CBios). No caso da energia, o preço médio subiu 21,9%, mas a receita ficou estável devido à queda no volume comercializado.

Apesar da alta na receita, o EBITDA ajustado do segmento de açúcar, etanol e energia da companhia, caiu 42,4%, totalizando US$ 29,9 milhões, com margem de 25,1% – uma redução de 49,9% frente ao mesmo período de 2024. A principal razão foi uma perda de US$ 15,6 milhões na reavaliação dos ativos biológicos (como cana-de-açúcar em crescimento e colhida), impactados pela menor moagem e pela queda no preço de referência (Consecana).

Os custos de produção, excluindo depreciação e amortização, subiram para 11,1 cts/lb, aumento de 28,4% frente ao 1T24. Isso se deu pela menor diluição de custos fixos sobre um volume de moagem reduzido.

Empresa projeta recuperação ao longo do ano

Segundo o relatório, a empresa espera acelerar o ritmo de moagem no segundo semestre, com volume total em linha ou superior ao registrado em 2024, graças à recuperação das lavouras após as chuvas de abril.

A companhia também revelou que 48% da produção de açúcar de 2025 já está protegida por hedge a 20,5 cts/lb, e apontou para um cenário positivo no mercado de etanol, com oferta mais apertada, aumento do consumo e manutenção da competitividade frente à gasolina.

Natália Cherubin para RPAnews

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