Os preços do açúcar se recuperaram na terça-feira das perdas iniciais e registraram ganhos modestos. A cobertura curta surgiu nos contratos futuros de açúcar na terça-feira para elevar os preços, depois que o petróleo bruto WTI subiu para uma alta de uma semana e meia.
O contrato do açúcar bruto com vencimento em julho teve pouca alteração, encerrando a 16,90 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir a mínima de 16,66 centavos de dólar por libra-peso mais cedo. Por sua vez, os contratos mais ativos de açúcar branco subiram 0,6%, indo a US$ 473,70 por tonelada.
Os preços mais elevados do petróleo bruto beneficiam os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar globais a desviar mais a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.
De acordo com o diretor de açúcar e etanol da corretora StoneX, Rodrigo Martini, a queda do açúcar tem sido forte o suficiente para fazer com que algumas usinas considerem uma alocação maior de cana para a produção de etanol. De acordo com ele, o etanol anidro em estados brasileiros como Goiás e Mato Grosso do Sul está proporcionando retornos financeiros mais altos do que o açúcar.
As perspectivas de uma maior produção de açúcar na Índia, o segundo maior produtor mundial, estão a subcotar os preços do açúcar. Na segunda-feira, a Federação Nacional de Fábricas Cooperativas de Açúcar da Índia projetou que a produção de açúcar da Índia em 2025/26 aumentaria 19%, para 35 milhões de t, citando áreas maiores de cana plantada.
Os preços do açúcar caíram nos últimos dois meses, à medida que as expectativas de um excedente global de açúcar pesavam sobre os preços. Em 22 de maio, o USDA, no seu relatório semestral, projetou que a produção global de açúcar em 2025/26 aumentaria 4,7% em relação ao ano anterior (ano a ano), para um recorde de 189,318 milhões de t, com um excedente global de açúcar de 41,188 milhões de t, um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior.
Com informações da Barchart