Na sexta-feira (28), último dia de comercialização do açúcar em junho, houve desvalorização da commodity. Em Nova York, o lote para julho/19 foi firmado em 12.32 centavos de dólar por libra-peso, queda de 21 pontos. A tela outubro/19 fechou em 12.62 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 16 pontos. Os demais contratos desvalorizaram entre 3 e 9 pontos.
“Nós assistimos à expiração do contrato futuro de açúcar de NY com vencimento julho/2019 seguida de uma entrega surpreendente e recorde de 2.1 milhões de toneladas de açúcar, quebrando a marca anterior ocorrida em maio de 2015”, diz o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa.
Corrêa explica que “entregas volumosas normalmente são percebidas com indisfarçável tom baixista, mas não se pode generalizar que essa se inclua nessa categoria. Um volume dessa proporção evidentemente manifesta que os vendedores (curiosamente, 97% do volume de empresas com base na Ásia) não conseguiram melhor preço do que aquele negociado pela Bolsa, ou não conseguiram se livrar dos açúcares que possuíam nas origens sem oferecer descontos que forçosamente teriam que ser maiores do que o custo de carregarem o próprio açúcar até que os compradores apresentassem o navio”.
Em Londres os contratos para agosto/19 fecharam em US$ 328,40 a tonelada, queda de 30 cents de dólar. O lote para outubro/19 encerrou em US$ 333,50 a tonelada, recuo de 1,30 dólar. Nas demais telas a desvalorização foi entre 1,60 e 2,70 dólares.