De acordo com o site Terra.com, a Índia manterá seus subsídios à exportação de açúcar, mesmo após reclamações de produtores rivais, como Brasil e Austrália, à OMC (Organização Mundial do Comércio) disseram quatro fontes diretamente envolvidas ao assunto.
Todavia, segundo a publicação, o país poderá mudar a forma como auxilia sua indústria, para não infringir regras da OMC.
Os subsídios destinam-se a aumentar os embarques da Índia, segundo maior produtor de açúcar do mundo, que busca reduzir seus estoques. No entanto, isso pode pressionar os preços globais da commodity, que só conseguiram um ganho de 2,1% este ano, depois de terem caído mais de 20% em 2018.
Autoridades do governo e da indústria não disseram que tipo de mudanças estão planejando fazer, embora tenham dito que estão buscando orientação de especialistas da OMC.
O governo do Brasil, líder global na exportação, disse na quinta-feira que pediu à OMC um painel para resolver a disputa sobre subsídios ao açúcar indiano. Austrália e Guatemala também apresentaram queixa na quinta-feira.
A Índia tem fornecido subsídios de transporte de 1.000 rúpias (14,59 dólares) a tonelada a 3.000 rúpias por tonelada às usinas de açúcar, dependendo da distância até os portos.
O governo também aumentou a quantia que paga diretamente aos produtores de cana para 138 rúpias por tonelada, ante ajuda de 55 rúpias há um ano.
“A política de exportação para a próxima temporada poderá ser finalizada no início do próximo mês”, disse um funcionário do setor, que participou da discussão de quarta-feira.
A Índia pode começar a nova temporada com estoques de mais de 14,7 milhões de toneladas e poderá produzir outros 28,2 milhões de toneladas na temporada, contra uma demanda local de cerca de 26 milhões de toneladas, segundo estimativas do ISMA.