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Após reviravolta, usina que estava desativada inicia moagem

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A usina cooperada por 629 fornecedores de cana da Mata Sul (CooafSul), antiga Estreliana em Ribeirão, PE,  recebeu a autorização da ANP para produzir e negociar etanol, decidiu iniciar a moagem nesta quarta-feira (22), em atendimento à solicitação de deputados durante audiência pública da Alepe, realizada ontem na  AFCP, no Recife.

 Os políticos garantiram que reforçarão o pleito junto ao governo para que reconsidere a negativa do crédito fiscal para a unidade, o que permitirá que a usina consiga gerar e manter 2,7 mil empregos e R$ 9,5 milhões em ICMS com a produção de etanol.

Além da geração de renda, os políticos que apoiam a concessão do crédito destacam ainda a grande geração de emprego. “Não podemos deixar o campo virar pasto. Acreditamos que o governador achará a solução para a Estreliana. Somos da base de apoio do governo, mas somos solidários ao setor e esperamos que Paulo Câmara garanta este crédito para CooafSul poder tocar a usina cooperativista pelos próximos 10 anos”, realçou o deputado Clovis Paiva, presidente da Comissão do Setor Sucroalcooleiro da Alepe.

 O deputado Henrique Queiroz Filho lembrou que a cana em Pernambuco é social, dado ao grande volume de emprego e renda que gera às famílias da Zona da Mata, mas também é lucrativa para os cofres do estado, dado aos recursos gerados com ICMS. Ele citou o exemplo da Coaf e Agrocan.

As usinas  empregam cerca de 8 mil pessoas e já geraram R$ 61 milhões em ICMS para o Estado através da produção de etanol, que é mais rentável em tributos para Pernambuco, conforme destacou o presidente da AFCP. Além disso, aquece toda economia da região. Na última sagra, a Agrocan, segundo revelou Gerson Carneiro Leão, movimentou entre R$ 13 e 14 mi por quinzena, em pagamentos diversos com o funcionamento da unidade.

Andrade Lima, presidente da AFCP, aproveitou para desmistificar boatos que circulam pelo Palácio e que ele acredita que podem ter influenciado na negativa do crédito para CooafSul. A primeira é que não é verdade que a cana usada nas usinas cooperativistas já representa a metade de toda a matéria-prima de PE, provocando a quebradeira das demais usinas. Na última safra, a Coaf e a Agrocan  moeram 1,7 milhão de toneladas, enquanto as outras 12,5 milhões.

 Outro mito é que crédito para CooafSul seria renúncia fiscal, quando ocorre justamente o contrário, pois, a usina parada não gera ICMS, já fabricando etanol deve gerar R$ 9,5 milhões do tributo. “Só não geraria o ICMS se a usina fosse produzir açúcar por conta da política fiscal praticada. Isso não ocorre em relação ao etanol”, explicou Lima.

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