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Cana-de-açúcar é responsável por 33% do valor de produção agropecuária de SP

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A cana-de-açúcar teve, mais uma vez, participação importante na economia do Estado de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA), o valor da produção agropecuária do Estado (VPA) em 2020 resultou em R$96,47 bilhões, o que representa um aumento de 12,04%, se comparado com 2019, quando R$ 82,21 bilhões alcançados.

O VPA do grupo de Produtos para Indústria cresceu 12,37%. Esse grupo é constituído por alguns dos produtos mais bem posicionados no ranking do VPA do Estado, como a cana-de-açúcar, responsável por 33,13% do total estadual, com crescimento de 7,73%.

A laranja para indústria, quarta colocada no ranking, teve seu VPA aumentado em 11,49%. O café beneficiado, oitava posição, se destacou com uma elevação de 88,62% em seu VPA, tanto por expressivo aumento de preço (30,87%) quanto de produção (44,13%), em face da bienalidade, característica de sua produção.

O VPA da mandioca para indústria, 22ª posição no ranking estadual, acusou aumento de 32,05%, resultado beneficiado tanto pelo preço (19,49%) quanto pela produção (10,51%).

Os produtos que integram os grupos de Grãos e Fibras e de Proteína Animal destinam parte considerável da produção ao mercado internacional e foram bastante favorecidos pelas altas taxas de câmbio dos últimos anos, superiores a R$ 5,00/US$ durante praticamente todo ano de 2020, explicam José Roberto da Silva, Paulo Coelho, Denise Caser, Carlos Roberto Bueno, Danton Bini e Eder Pinatti, pesquisadores do IEA, ressaltando que, no geral, com exceção do grupo de olerícolas, todos os outros apresentaram crescimento do VPA.

Entre os produtos que compõem o grupo de Grãos e Fibras apresentaram aumentos expressivos em seu VPA: amendoim em casca, com uma variação de 94,25%, que saiu da 17ª posição em 2019 para a 10ª em 2020, impulsionado tanto pelo aumento de produção (33,18%) quanto pelo de preço (45,85%).

O VPA da soja, com um aumento de 80,63%, saltou da quinta para terceira posição no total do Estado, precedido apenas pelo da cana-de-açúcar e o da carne bovina. O VPA do milho, apesar da quebra de produção em função de adversidades climáticas, teve seu VPA majorado em 29,55%, mantendo a sétima posição, graças ao expressivo aumento de preço, de 51,52%.

O VPA do trigo registrou uma variação de 52,9%, decorrente tanto da alta dos preços (29,54%) quanto da produção (18,03%). Assim como o mercado de outros produtos, o do trigo também foi fortemente afetado pela pandemia, mas se revelou como boa alternativa de consumo nos períodos de isolamento.

No grupo de Produtos Animais, o VPA da carne bovina acusou elevação de 38,53%, refletindo a elevação de 40,36% em seu preço, compensando largamente a queda de produção (1,3%). O VPA da carne suína apresentou crescimento de 0,65%, influenciado pela queda de produção (24,18%), e compensada pela elevação de 32,74% em seus preços.

O aumento do VPA dos ovos foi decorrente da elevação de 19,84% em seu preço, impactado pela elevação dos preços dos insumos utilizados no processo produtivo, uma vez que a produção acusou redução de 0,25%. O aumento de preço do leite (9,93%) compensou a queda de 4,14% na produção, proporcionando o aumento de 5,38% em seu VPA.

O grupo de Frutas Frescas apresentou crescimento de 3,81%, basicamente em função da elevação de 3,11% em seus preços e um acréscimo de 0,67% na produção.

A queda de 9,55% no VPA do grupo de Olerícolas foi fortemente impactado pela queda dos preços (-11,41%), uma vez que houve um crescimento de 2,1% de produção. Pequenos produtores familiares têm participação expressiva nesse grupo de produtos e foram também afetados pela pandemia.

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