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Com preços melhores: ATR Fixo ou Consecana mais plus?
Se o ATR da cana-de-açúcar foi bom em 2021/22, para a safra 2022/23, as projeções mostram que os preços continuam bem sustentados. De acordo com projeção do Pecege, poderá haver um aumento menos expressivo em decorrência do recuo de preços esperado no mercado internacional de açúcar.
A última projeção do Pecege para o preço da cana-de-açúcar apontou uma valorização próxima de 57% em 2021/22, com o Kg do ATR devendo apresentar um preço de fechamento em torno de R$ 1,2254.
“Projetamos que o preço acumulado do ATR para a próxima safra oscile em torno de R$ 1,287, devendo apresentar uma valorização na safra de 5%”, afirmam os especialistas em relatório.
Com a valorização observada da matéria-prima do setor na safra 2021/22, o preço
acumulado previsto para março aponta para o maior valor real observado no
últimos 10 anos, com um aumento de 42% acima da inflação na remuneração do
produtor durante o período.
“De acordo com as expectativas de mercado, para a safra 2022/23 devemos ter uma
inflação acumulada em torno de 5,1% durante os meses de 2022 e 2023. Caso este
cenário se confirme, a remuneração real do produtor deve permanecer elevada,
apresentando uma diminuição marginal em relação ao que devemos ter no presente
ciclo agrícola”, afirmam os especialistas do Pecege.
Produtor: ATR Consecana + Plus ou ATR Fixo?
Diante de um cenário ainda positivo de preços, e um mercado com pouca oferta de cana, como escolher entre ATR Fixo ou Consencana mais plus? De acordo com o especialista do Pecege Projetos, João Rosa, este é um dos questionamentos comuns aos produtores de cana.
“E a resposta, pra variar, é aquela clássica do agrônomo: depende. Depende dos patamares de negociação – ATR fixo a quanto ou quanto de plus de preço? Depende do CTT. Qual o valor? Depende da qualidade da matéria-prima. Qual valor? Depende do preço do Consecana. Qual valor? Enfim, é um tanto de dependes”, afirmou Rosa.
De forma a colaborar com a discussão, Rosa fez exercício confrontando ATR a 120 kg/t versus Consecana +10%. Para fins de simulação, considerou ainda um CCT de 35 R$/t.
“O que é possível inferir: baixos patamares de preço e qualidade da matéria-prima, favorecem o modelo de ATR Fixo. E o contrário é verdadeiro. Preços e ATR´s mais altos, conduzem ao Consecana + Plus”, afirma o especialista do Pecege.
Em outro situação, com o patamar de 135 kg/t (número de qualidade utilizado para simulações), juntamente com o cenário de preços do Consecana/SP, em torno de 1,25 R$/kg, fazer uma boa decisão fica mais complicada.
“Enfim, independente da escolha, o que posso é dizer é que o setor sucroenergético vive um ótimo momento”, afirmou.
Confira o análise completa do Pecege sobre as safras 2021/22 e 2022/23 aqui: https://radarsucroenergetico.com
Por Natália Cherubin
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