Etanol
Competitividade do etanol tende a crescer
Em Paulínia, os preços do etanol hidratado sem impostos continuaram o movimento de queda durante todo o mês causado pelo baixo volume de negociações no período, fechando na sexta-feira (4/2) em R$ 2,86/l, queda de 16,4% comparado com a primeira semana de janeiro (4/1).
Segundo dados do CEPEA, o janeiro de 2022 foi o mês com menor volume negociado de
hidratado pelas usinas de São Paulo desde 2002. Segundo analistas do Itaú BBA, a desvantagem de preço do hidratado frente à gasolina C tem mantido as negociações pontuais, com pouca liquidez no mercado.
Dados da ANP referentes às vendas do mês de dezembro, mostram que o etanol hidratado
apresentou redução de 34,3% comparado com o mesmo mês em 2020. No fechamento de
2021, o biocombustível sofreu retração de 12,8% comparado com 2020, chegando aos 16,7 bilhões de litros, dada a menor competitividade com a gasolina C durante o ano.
Já a gasolina C no acumulado do ano apresentou alta no consumo em 9,8% versus 2020. Com isso, o ciclo Otto cresceu 3,6% no comparativo com 2020.
Demanda
Para o mês de janeiro de 2022, é esperado que não haja forte recuperação das vendas de hidratado, pois, segundo o relatório da Unica (União das Indústrias de Cana de Açúcar), as saídas de hidratado para o mercado interno referente à 1ª quinzena de janeiro apresentaram volume 45,4% menor comparado com a mesma quinzena de 2021.
“Para o mês de fevereiro, com as quedas dos preços nas usinas começando a chegar nas
bombas, combinadas com o cenário de alta dos preços do petróleo, a competitividade do
etanol tende a se elevar, o que fará com que a demanda pelo biocombustível volte a crescer, mesmo em ritmo mais lento”, afirmam os especialistas do banco.