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Coronavírus: Efeitos faz preço da cana cair 8,5% em Pernambuco

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Programa de Cana IAC, lançou uma nova versão da Régua Ambicana. A régua é uma ferramenta que reúne informações necessárias para que o produtor ou usina consiga calcular o potencial da produtividade média dos cinco cortes de seu canavial.

Por Natália Cherubin

A Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco informou na tarde de ontem, 28, que o valor referencial do Kg do ATR (Taxa de Açúcar Recuperável) para este mês de abril é de R$ 0,8167 que aponta para um valor referencial de R$ 97,19 por tonelada de cana padrão (119,0063 Kg de ATR/ T).

Isso, de acordo com a AFCP representa 8,5 % de queda em relação ao mês de março que foi R$ 106,22. A queda, de acordo com a entidade, seria resultado dos impactos gerados pela pandemia do Coronavírus, que reduziu a circulação de pessoas, impactando drasticamente na venda de etanol, que também sofreu outro baque de queda de preços.

Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP (Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco), afirma que se o governo não fizer algo urgente, a expectativa é que a coisa piore.

O preço mensal da cana definido pelos conselhos estaduais formados pelos usineiros e canavieiros (Cosecanas) devem cair significativamente. Em Pernambuco, por exemplo, caiu em 8,5% no mês de abril, somente com a captura da queda do preço do etanol hidratado.

Em maio, a previsão é de uma redução ainda maior, pois será levado em conta também o etanol anidro, o que é misturado na gasolina, mas também vem caindo bastante diante da paralisia dos mercados frente à pandemia e à concorrência com a gasolina desvalorizada. A previsão de queda no valor do açúcar também é certa, o que ampliará o impacto na cana.

 

“O canavieiro do Centro-Sul vai sentir a consequência mais rápido porque a safra está começando e deve ter usinas parando”, fala Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana.

A entidade canavieira, que representa 60 mil fornecedores independentes de cana para as usinas em todo o Brasil, defende uma rápida resposta do governo federal ao pleito do setor sucroenergético (isenção do PIS/Confins do etanol, aumento do Cide da gasolina e financiamento para estocagem de etanol) a fim de tentar evitar a quebradeira do setor. A Feplana aproveita para voltar a defender a PGPM da cana-de-açúcar. Entende que é uma medida voltada ao segmento dos agricultores que sentirão ainda mais os impactos dessa crise descomunal.

Na última semana, em videoconferência com os presidentes de Câmaras Setoriais Produtivas do Ministério da Agricultura, vários deles já traziam o pleito do reajuste no valor da PGPM existentes para o conjunto de culturas agrícolas, a exemplo do milho, soja, algodão e tantas outras, conforme revela Lima, que também preside a Câmara da Cana e Derivados.

“Desse modo, nada mais que justo e necessário que a cana passe a ter a sua PGPM também”, realça Andrade Lima. Ele já busca o apoio primeiro no setor sucroenergético para ir atrás da implantação no governo federal.

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