ABENGOA CHEGA A ACORDO COM CREDORES PARA EVITAR FALÊNCIA
A empresa de energia renovável espanhola Abengoa afirmou ter chegado a um acordo de reestruturação com os credores para evitar a maior falência da história na Espanha, o que levou as ações a subirem quase 4%.
Um grupo de investidores, incluindo a Centerbridge Partners, Elliott Management e Oaktree Capital Management, concordaram em injetar 1,17 bilhão de euros na companhia.
A Abengoa também deverá receber 307 milhões de euros em garantias financeiras. Em troca, os investidores e credores, como o Banco Santander e o Banco Popular Español, vão deter entre 90% e 95% da Abengoa, dependendo do alcance ou não de determinados objetivos.
A empresa não deixou claro se 75% dos credores concordaram com a reestruturação, como é exigido pela lei das insolvências da Espanha.
CIDE MAIOR DA GASOLINA ESTIMULARÁ R$ 40 BI NA ECONOMIA COM ETANOL
A fim de reverter esta situação e voltar a movimentar bilhões adicionais na economia com a retomada do incremento do etanol na matriz energética, com efeitos na geração de emprego e renda, o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade Lima, reuniu-se com membros do governo e o ministro de Minas e Energias, Fernando Filho, para defender o reajuste da Cide da gasolina e a aplicação de um critério ambiental onde taxa o combustível a partir do seu teor poluente.
O ministro prometeu se reunir com a equipe econômica do governo para avaliar a viabilidade da medida, bem como outros pleitos do setor. Durante reunião, Lima também ressaltou a importância da medida para a ampliação do consumo do combustível a base de cana, que gerará grande movimentação financeira com positivos reflexos na economia.
O dirigente lembrou que mais de US$ 40 bilhões poderão ser investidos pelo setor para atender a demanda dos consumidores, além de todos os benefícios a serem gerados com milhares de novos empregos. A iniciativa ainda ajuda o país a cumprir a meta posta na COP 21.
PRINCIPAL ÁREA DE AÇÚCAR DA ÍNDIA VÊ PRODUÇÃO 40% MENOR EM 2016/17
O Estado indiano de Maharashtra deve ver sua produção de açúcar cair 40%, para 5 milhões de t na safra 2016/17, que começa em 1º de outubro. De acordo com um representante de um grupo industrial, o Estado, localizado no Oeste da Índia, produziu 8,4 milhões de t de açúcar na safra atual.
A produção mais baixa no principal estado produtor vai baixar a produção total da Índia e pode forçar o país a importar o adoçante. A área de cana-de-açúcar diminuiu e espera-se que a produtividade também caia em razão da seca, de acordo com Sanjeev Babar, diretor administrativo da cooperativa das usinas de açúcar do Estado de Maharashtra. Na safra atual, 178 usinas estavam operando, mas na próxima safra entre 30 e 40 usinas podem fechar devido à escassez da matéria-prima.
VOLTA DO PIS/COFINS SOBRE ETANOL ELEVARÁ PREÇOS E REDUZIRÁ CONSUMO, DIZ DIRETOR DA SÃO MARTINHO
O diretor financeiro e de relações com investidores do Grupo São Martinho, Felipe Vicchiato, avaliou que o retorno da cobrança de PIS/Cofins, de R$ 0,12 por l de etanol hidratado, a partir de 1º de janeiro de 2017, deve gerar aumento de preços ao consumidor e, consequentemente, reduzir a demanda pelo combustível às companhias. “A volta da cobrança ao produtor significa perda de produtividade na cadeia, porque aumentará o etanol na bomba e reduzirá o consumo, trazendo um ajuste da demanda à oferta”, disse Vicchiato. Com isso, segundo ele, o Grupo São Martinho não deverá importar etanol até o final desta safra, como fez no último trimestre da passada, entre janeiro e março desde ano.
Por enquanto, o Grupo São Martinho não considera que o governo aumentará a cobrança da Cide, hoje em R$ 0,10 sobre a gasolina, o que seria uma alternativa de aumentar a receita para minimizar o rombo das contas públicas. “O que a gente sabe é que, olhando do ponto de vista de inflação, a Cide impacta no curto prazo e é mais carga tributária”, afirmou Vicchiato.
LA NIÑA DEVE INFLUENCIAR SAFRA 2016/17
Após a ocorrência de um forte El Niño, que trouxe muitos prejuízos à agricultura brasileira, o clima passa por um período de transição para a chegada do La Niña. De acordo com informações do NOAA (Serviço Oficial de Meteorologia dos EUA) há de 55% a 60% de chances do evento ocorrer entre os meses de agosto e outubro. Já na visão do climatologista, Luiz Carlos Molion, o evento climático deverá se intensificar entre setembro e outubro, e permanecer até 2019, voltando a atrapalhar a produção agrícola nacional.
Como na cana-de-açúcar do Centro-Sul do país o plantio é feito entre outubro e março e a colheita entre abril e setembro, a falta de chuvas que poderia ser trazida pelo La Niña teria um efeito duplo, contribuindo para a conclusão da moagem nos últimos meses da safra ou comprometendo o desenvolvimento dos canaviais entre dezembro e janeiro, de acordo com informações da consultoria INTL FCStone. Em São Paulo, onde está mais de metade área plantada com cana do País, os efeitos em geral se limitam às regiões mais próximas da fronteira com Paraná e Mato Grosso do Sul. Todavia, no Nordeste, que foi mais diretamente afetado pelo El Niño, é possível que o La Niña tenha impacto mais definido, com chance de aumento das chuvas entre agosto e setembro, beneficiando o desenvolvimento da cana.