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Edição 196

Dropes – 196

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TEREOS AVALIA AQUISIÇÃO DE USINAS DA BUNGE

A Tereos Internacional considera ampliar o seu parque fabril, que conta atualmente com sete usinas, todas no Estado de São Paulo. Mas isso não é prioridade agora, segundo o diretor da Região Brasil da companhia, Jacyr Costa Filho. Na mira para possível expansão há seis unidades da Bunge, próximas às da Tereos. Costa Filho lembra da disputa com a própria Bunge pela compra dessas agroindústrias, quando pertenciam ao Grupo Moema, mas, na ocasião, a norte-americana apresentou proposta melhor.

Porém, a Bunge declarou que pode se desfazer das usinas ou de parte delas dentro de um processo de fusão ou venda da própria multinacional para outra empresa do setor. Segundo Costa Filho, a preocupação atual da Tereos é dar retorno ao acionista pelos investimentos feitos no setor de açúcar e etanol no País. “Não adianta falar de hipóteses. O foco é o retorno aos acionistas.”

ANP ALTERA RESOLUÇÃO E APLICA REGRA DE ESTOCAGEM DE PRODUTOR DE ETANOL

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) publicou no Diário Oficial da União uma resolução com uma série de mudanças nas regras de estocagem de etanol anidro combustível no País. A principal delas atende à demanda do setor produtivo brasileiro e obriga importadores do biocombustível a manterem estoques do produto durante o período de entressafra, entre janeiro e março, como já ocorre com usinas e distribuidores.

A resolução que altera a Portaria 67, de dezembro de 2011, a qual define as regras sobre estocagem do etanol, determinou a redução do porcentual do estoque mínimo obrigatório em 31 de março de cada ano, último dia da safra, de 8% para 4% do volume produzido pelas usinas cujo etanol anidro esteja contratado. Os produtores sem contratação precisam manter estoque de 25% em 31 de janeiro e 4% em 31 de março.

Os importadores, que não tinham obrigação de manter estoques no País agora terão de seguir as mesmas regras de produtores sem contrato e reservarem 25% do volume comercializado no Brasil no ano anterior em estoque no dia 31 de janeiro e 4%, em 31 de março.

VOLUME DE PRODUÇÃO PODE IMPACTAR OS PREÇOS DO AÇÚCAR NO MERCADO ASIÁTICO

O bom ritmo de safra na Tailândia alimenta a expectativa de que a oferta de açúcar no país fique acima do esperado em 2017/18, podendo ultrapassar 12 milhões de t, de acordo com análises da Datagro Consultoria. O país asiático finalmente decidiu eliminar o controle sobre os preços do açúcar no mercado interno, cuja política alimentava um programa de subsídios aos produtores de cana. Com isso, os preços do açúcar no mercado tailandês tendem a flutuar livremente, o que gera dúvidas sobre a sustentabilidade dos planos do governo para expandir o plantio de cana nos próximos anos.

Já o bom ritmo de produção de açúcar na Índia também tem contribuído ao cenário de queda, devido a sinais de que a produção de açúcar possa superar 25,5 milhões de t. Há possibilidade de que a safra atual termine um pouco mais cedo, devido ao clima predominantemente seco nos últimos dias, o que tende a limitar a oferta em torno do previsto.

ETANOL DE MILHO JÁ REFORÇA A OFERTA NA ENTRESSAFRA

Enquanto o Centro-Sul passa por sua entressafra de cana, a oferta de etanol das usinas da região está sendo reforçada pelas importações e pela produção de etanol a partir do milho. Desde primeiro de janeiro até metade de fevereiro, a produção de etanol de milho somou 107,5 milhões de l, o equivalente a 60% da produção total do Centro-Sul, que foi de 179,7 milhões de l, de acordo com dados da Unica (União das Indústria de Cana-de-Açúcar).

Boa parte dessa produção vem da usina da FS Bioenergia, que começou a operar em julho do ano passado em Lucas do Rio Verde, MT. Segundo Rafael Abud, diretor financeiro da companhia, a FS Bioenergia tem produzido em torno de 20 milhões de l de etanol por mês e, em janeiro, chegou a vender um volume aproveitando seus estoques, já que os preços estavam vantajosos.

A oferta de etanol de milho neste primeiro trimestre deve ficar entre 180 milhões de l e 200 milhões de l, de acordo com Martinho Ono, diretor da SCA Trading. O volume está dentro do previsto pelo mercado e é bem-vindo. As importações de etanol também estão reforçando a oferta, embora estejam dentro do esperado pelo mercado. Em janeiro foram importados cerca de 165 milhões de l. Ono estima que o volume de etanol adquirido do exterior de janeiro a março fique em torno de 600 milhões de l.

USINAS VENDEM 1 BIlHÃO DE L DE ETANOL NA 1ª QUINZENA DE FEVEREIRO

As usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil venderam 8% mais etanol na primeira quinzena de fevereiro ante igual período de 2017, com um total de 1 bilhão de l, segundo dados da Unica, reafirmando uma demanda aquecida pelo biocombustível que já vem desde meados do ano passado. O volume considera mercados interno e externo. O etanol tem se mostrado mais atrativo para os consumidores após altas tributárias maiores e reajustes frequentes da Petrobras sobre a gasolina, concorrente direto do hidratado, cujas vendas domésticas na quinzena cresceram 33%, para 614,292 milhões de l.

Desde o início da safra 2017/18, as vendas totais de etanol pelas unidades do Centro-Sul totalizaram 23,23 bilhões de l, com 1,38 bilhão direcionados para exportação e 21,85 bilhões ao mercado interno. Os volumes estão praticamente em linha com aqueles observados em igual momento de 2016/17. Já as vendas de hidratado ao mercado doméstico somaram 13,54 bilhões de l no acumulado da temporada, alta de 5%.

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