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“Estamos seguros de que vamos moer 80 mi t de cana em 2023/24”, diz executivo da Raízen

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A Raízen está confiante de que vai alcançar o patamar de moagem da cana-de-açúcar previsto no guidance para a safra 2023/24, que começou em abril. Cerca de 10% da produção já foi moída e os sinais são muito promissores.

“Temos mais cana própria do que a gente imaginou, quando divulgou o guidance”, afirmou o vice-presidente executivo de operações de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, Francis Queen, no Raízen Day, evento realizado nesta quarta-feira, 24, em São Paulo. “Estamos seguros de que vamos moer os 80 milhões de toneladas de cana”, completou.

Segundo o CEO da companhia, Ricardo Mussa, a moagem da Raízen já deveria ter superado o processamento de 80 milhões de toneladas neste ano, mas o clima dos últimos ciclos impediu que a companhia atingisse esse patamar.

Queen acrescentou que a Raízen investe na renovação de 17% do canavial neste ciclo. Mas reforçou que, para a companhia, é economicamente mais interessante colher a área já plantada do que fragmentar a cultura ainda produtiva para renovar.

Tentando mitigar os efeitos negativos, ele ressalta que a Raízen também realizou investimentos em irrigação. “Há algumas áreas com estresse hídrico que têm 40 toneladas a mais por hectare”, disse o executivo.

Nesta temporada, 62% do canavial próprio da empresa estará dentro dos parâmetros de produtividade estimados para a região, apenas com o quarto e o quinto cortes da cana ainda um pouco abaixo do que seria possível. Em dois anos, a expectativa da companhia é eliminar essa diferença.

Utilizando os parâmetros do Consecana, o avanço da moagem para próximo da média de fornecedores da região (que registram 83 toneladas por hectare) representará para a empresa um efeito de R$ 3 bilhões no resultado de geração de caixa. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Raízen, Carlos Moura, R$ 1,5 milhão referem-se à maior disponibilidade do produto e R$ 1,5 milhão à diluição dos custos, considerando os níveis de preço de 2022.

Em relação à fabricação de açúcar, os executivos da Raízen ressaltaram durante o evento que os principais produtores globais da commodity estão no limite da capacidade, incluindo o Brasil. “No Brasil, já não tem mais de onde tirar açúcar”, cravou Mussa.

O investimento em novas indústrias pela Raízen, no entanto, só deve ocorrer quando o patamar de preços da commodity na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) ficar estável e com retornos significativos à companhia. “Quando estiverem em 22 centavos de dólar por libra-peso ou 23 centavos de dólar por libra-peso, de forma estável, falaremos em nova produção”, afirmou o CEO.

AgênciaEstado/Gabriela Brumatti
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