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Edição 195

Gestão – Um brinde a 2018

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*Beatriz Resende

Embora ainda vivamos um cenário de perspectivas e ânimos acinzentados, quero crer que sempre podemos e devemos apostar num ano melhor. Cada um de nós tem um posicionamento sobre as questões que nos rodeiam como adultos cidadãos, profissionais, entre outros papéis que exercemos na vida pessoal e familiar. O meu olhar é naturalmente atraído para uma tradução positiva do que vejo, espero e reflito.

A cada ciclo iniciado nos amparamos nas possibilidades, esperanças e sonhos que não podemos deixar de ter. Por mais céticos ou desanimados que estejamos, por nós mesmos ou influenciados por outros, se queremos continuar, não podemos deixar de dar um crédito à vida, ao outro, aos espaços a serem ocupados, às nossas mais nobres expectativas. Não podemos perder o fio que nos liga à sanidade vital, que é a e energia que colocamos para seguir em frente, para recomeçar, de cabeça erguida, com fé em nós mesmos e num mundo melhor. Por que não? Parece frase feita, mas é isso mesmo que eu quero dizer.

Minha crença, além do meu usual otimismo, tem fundamento no que vivo e busco. E como numa lei de atração, participo do que eu chamo de experiências fantásticas dentro de empresas que têm buscado trazer para sua gestão, engrandecendo a sua história, fruto de um passado sólido, um presente novo e bem cuidado para garantir um futuro de sucesso, deixando uma marca fortalecida e atitudes admiráveis para as novas gerações de dirigentes, gestores, colaboradores, parceiros, consumidores e mercado. Isso é muito gratificante de se ver.

Além das empresas que eu tenho a oportunidade de estar pertinho, contribuindo para esse movimento especial, quero chamá-lo assim, podemos citar vários exemplos que vemos diariamente ao redor do mundo. Um dia desses me surpreendi lendo sobre uma empresa americana, no segmento de biotecnologia, que além de ter práticas construtivas nas diversas esferas de gestão de pessoas, tem estruturado seus processos de avaliação de competências/desempenho a partir de competências comportamentais desenhadas pelos próprios líderes que serão avaliados nelas, e validadas pelas equipes de colaboradores desses mesmos líderes. Além dessa evolução, os dirigentes partem da premissa de que as organizações não se beneficiam quando os gestores imitam os estilos de liderança que estão na moda. Eles querem definir os comportamentos que a empresa espera dos seus líderes, algo deles para eles, e não o que a estandardização global quer impor ao mercado empresarial. Com essa participação coletiva na definição dos parâmetros que irão medir a competência do principal grupo da empresa, a gestão, o compromisso da evolução e da busca da excelência fica compartilhado. Há uma corresponsabilidade pelas realizações, resultados e maturidade das relações.

Assim como quando conhecemos as práticas de muitas empresas que estão sempre no hall da fama das melhores empresas para se trabalhar, também constatamos o quanto se busca criar formas e práticas que tragam satisfação ao seu público de colaboradores, respeitando-se a diversidade hoje presente nas quatro, quase cinco, gerações que compartilham o mesmo espaço, objetivos e sonhos empresariais, profissionais e pessoais.

As crises e demais situações que muitas vezes arrefecem os ânimos coletivos, não podem ser muletas crônicas para a evolução, para a crença de que podemos fazer melhor e maior sempre. E para ser grandes, de alguma maneira, independente do nosso tamanho.

Tenho vivido o privilégio de atender empresas grandes de solidez financeira, domínio e tradicionalismo em seus negócios, mas de porte menor, empresas estas que até pouco tempo não investiam em sua gestão. Geralmente familiares, com negócios que vêm dando certo há anos, mas que também entenderam que precisam se fortalecer, se profissionalizar. Isso tem sido muito gratificante, firmando dentro de mim a visão de que as empresas buscam e buscarão, cada vez mais, suas expressões na força da sua essência. Aquela que as motivou a virar um negócio estruturado para fazer história.

Que 2018 seja o ano da oportunidade de se fazer diferente: por todas as nossas relações! Não basta ser forte, tem que fazer a diferença. Não basta ganhar e ser grande, se não deixar na sua história um lastro que orgulhe a quem fez, faz ou fará parte dela.

“Fortes e gentis”, mais do que um lema, um propósito buscado por uma das melhores empresas para se trabalhar de 2017.

* Beatriz Resende é consultora empresarial, palestrante e conselheira de Carreiras da Dra. Empresa- Consultoria Emprearial.

Que 2018 seja o ano da oportunidade para fazer diferente por todas as nossas relações

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