A produção de etanol de milho segue em ritmo acelerado no Brasil, principalmente em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que concentram as maiores áreas plantadas. O aumento do número de usinas e a consolidação do milho como fonte de biocombustível sustentável frente aos combustíveis fósseis mostram o potencial do país no setor. Segundo dados recentes da Pátria Agronegócios, a colheita da segunda safra de milho 2024/25 já atinge 53,30% da área plantada, com expectativa de produtividade recorde em importantes estados produtores.
A consultoria AgRural revisou para cima a projeção de produção total do cereal nesta safra, alcançando 136,3 milhões de toneladas – ante 130,6 milhões estimados anteriormente. A alta está diretamente ligada ao rendimento elevado da safrinha, que deve atingir 108,9 milhões de toneladas, com destaque para Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Para William Damas, especialista agronômico da Netafim, empresa líder e pioneira em irrigação por gotejamento, a tecnologia tem papel estratégico para que o crescimento do etanol de milho aconteça de forma sustentável. “O desafio é aumentar a produção sem substituir culturas igualmente importantes, como soja e feijão. A irrigação potencializa a produtividade numa mesma área, evitando que novas áreas precisem ser abertas exclusivamente para milho”, destaca.
Além disso, o Mato Grosso do Sul, estado que vem atraindo novas indústrias de etanol de milho, sofre historicamente com instabilidades climáticas que afetam diretamente a rentabilidade dos produtores.

“É comum a produtividade cair para 80 ou 90 sacas por hectare em anos secos. Em áreas irrigadas, de clientes da Netafim as produtividades atingem 140 a 150 sacas, garantindo estabilidade e segurança de fornecimento para as indústrias”, explica Damas.
Além de fortalecer o crescimento sustentável do setor, a irrigação contribui para que o Brasil se consolide como um dos maiores produtores de milho do mundo, atendendo simultaneamente ao mercado de grãos e ao de biocombustíveis.