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Mesmo em meio ao Covid-19, São Martinho consegue manter 90% de seus funcionários na ativa

Carregando a maioria de seu etanol para a estocagem, a São Martinho acredita que a retomada da demanda pelo biocombustível aconteça entre o terceiro e quatro trimestre deste ano, no entanto, diante do cenário atual, decidiu postergar investimentos que estavam planejados.
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Alisson Henrique

Ao passo que aumentaram os casos de Covid-19 no Brasil boa parte das empresas tiveram suas atividades paralisadas no País. No entanto, no agronegócio, muitas empresas estão operando mais perto da capacidade normal. É o caso, por exemplo, do Grupo São Martinho.

Sendo um dos principais produtores de açúcar e álcool do País, o Grupo conta hoje, mesmo em tempos de coronavírus, com 90% de seus mais de 12 mil funcionários em atividade.

Em entrevista ao canal do Youtube do ‘Estadão”, o presidente do grupo, Fábio Venturelli, afirmou que é a função do agronegócio continuar trabalhando para que os alimentos e itens básicos cheguem às mãos dos consumidores.

No setor sucroalcooleiro, um dos mais afetados por conta da pandemia, a ordem agora é “virar” a produção para o açúcar. Isso porque os contratos do produto foram negociados há um ano e têm preços garantidos, além de forte demanda no mercado internacional.

Segundo ele, a demanda vai quase na contramão do preço. “Houve um aquecimento do mercado de açúcar no primeiro trimestre. O preço já estava definido, porque fizemos hedge (proteção de garantia de preço). E estamos com as condições necessárias para fazer a exportação nesse momento”, afirma.

Quanto ao etanol, ele relata que a demanda por combustíveis no País, diante do isolamento da população, caiu em mais de 50%”. Todavia, mesmo com a queda do preço do petróleo, que deixa a gasolina mais barata, o executivo espera que, mais adiante, o etanol ganhe mercado frente à gasolina no País. “O etanol vai buscar um preço competitivo no posto.”

Funcionários na ativa

De 12,5 mil colaboradores, o Grupo conta com cerca 400 pessoas que atuam em escritório. Boa parte desse contingente trabalha de forma remota. Outras 300 a 400 pessoas estão dentro desse grupo de risco. “A operação está acima dos 90%”, salienta.

A São Martinho montou um comitê de crise e todas as empresas do grupo que estão operando estão neste cenário. “São vários os protocolos que visam assegurar a segurança no campo. As primeiras medidas foram tirar de operação as pessoas que faziam parte do grupo de risco”, conta.

Além disso, o presidente conta que foram mapeados todos os processos onde a interação de pessoas acontece e como mitigar o risco do contágio dentro desses ambientes. Em nenhuma das usinas a gente tem casos (de covid-19), tivemos suspeitas que não se confirmaram.

Conscientização

De acordo com Venturelli, a companhia tem buscado levar as informações diariamente aos seus colaboradores. Para isso, foi lançado alguns programas em que um líder específico recebe da gerência as informações mais atualizadas e discute com os trabalhadores. “O grande caminho aqui tem sido intensificar o diálogo de forma rápida. Nossos profissionais de saúde têm feito um trabalho excepcional”, conclui.

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