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Milho: colheita em ponto máximo e exportações lentas pressionam preços

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Os preços do milho devem continuar pressionados entre os meses de junho e julho diante da aceleração da colheita do grão e das exportações lentas por parte do Brasil e EUA.

Após vários dias de negociações, o acordo do Mar Negro foi renovado por mais 60 dias, ou seja, até 18 de julho. Isso trouxe alívio ao mercado, diante do risco de segurança alimentar para o mundo. Outro ponto é o início da colheita da segunda safra no Mato Grosso, favorecida pelo clima, que vem suprindo as expectativas da grande projeção de produção do cereal brasileiro, até o momento.

O clima também vem favorecendo a continuidade do plantio de milho nos Estados Unidos, ficando acima do mesmo período do ano anterior, e também da média dos últimos 5 anos. Diante disso, as cotações de Chicago finalizaram a semana sendo cotadas a US$ 5,56 o bushel (-4,63%) para o contrato com vencimento em julho/23. O mercado físico brasileiro teve mais uma semana de desvalorização.

O que esperar então?

O início da colheita da segunda safra de milho deverá ser iniciada em outras regiões nas próximas semanas, exercendo pressão sobre os preços. Segundo o Ruan Sene, da Grão Direto, é provável que essa tendência negativa persista, principalmente nos meses de junho e julho, quando a colheita atingirá seu ponto máximo.

Exportações brasileiras e norte-americanas devem ficar também em ritmo mais lento. “Diante das expectativas da grande projeção de produção, compradores estão confortáveis com compras, pressionando mais ainda as cotações do cereal. A demanda deve se mostrar mais presente somente no segundo semestre”, disse Sene.

O clima no Brasil seguirá diversificado. De acordo com dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsões de chuvas consideráveis apenas na região Norte do país. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica tempo seco, o que favorece o início da colheita.

A China será o centro das atenções. A demanda da China continuará sendo observada de perto, diante dos recentes cancelamentos que o eles vêm efetivando, em relação à safra norte-americana. De acordo com o analista de mercado da Grão Direto, esse movimento de cancelamento deve diminuir diante das quedas de Chicago.

O clima nos EUA segue sem imprevistos graves. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), todo Meio-Oeste norte-americano receberá chuvas dentro da normalidade e altas temperaturas, com exceção do noroeste da região, atingindo os estados de Iowa, Illinois, Indiana – importantes regiões produtoras. Após esta semana, há uma projeção de diminuição das chuvas, o que pode atrair a atenção do mercado.

Casos de gripe aviária chamam atenção. Apesar da confirmação dos órgãos competentes que a doença foi detectada apenas em animais silvestres, o mercado continuará monitorando de perto esse caso. Uma possível evolução desse contágio resultará em uma queda significativa na comercialização de frangos e, consequentemente, no consumo de milho.

As cotações poderão continuar se desvalorizando. Segundo Ruan Sene, a expectativa de início da colheita do milho, combinada com a atual baixa demanda, deverá continuar exercendo pressão sobre os preços do milho no Brasil.

Natália Cherubin para RPAnews

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