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Edição 184

POR DENTRO DA USINA

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Natália Cherubin

ADMINISTRADOR DO GRUPO JOÃO LYRA QUER ARRENDAR USINA LAGINHA

A administração da massa falida do Grupo João Lyra lançou, no início de setembro, um relatório de prestações de contas que vai desde agosto de 2015 a julho de 2016. A publicação revela que o próximo passo é a reativação da Usina Laginha na forma de arrendamento, com renda revertida para pagamento de credores. A negociação deve ocorrer após as vendas das usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, localizadas em Minas Gerais.

Também estaria programada a venda de ativos periféricos, como veículos, salas comerciais, apartamentos e outros imóveis, mediante autorização judicial, com a finalidade de pagar credores. A documentação vem com relatos sobre a Usina Guaxuma, arrendada para a empresa GranBio e que quase foi vendida para empresários de Pernambuco.

Atualmente, a administração judicial está por conta de João Daniel Marques Fernandes e tem como gestor judicial Luiz Henrique da Silva. O complexo empresarial, hoje falido, abrange as usinas Laginha, Guaxuma, Uruba, Triálcool e Vale do Paranaíba, e as empresas coligadas Mapel, Sapel e JL Agroquímica. Todas integravam o Grupo João Lyra, pertencente ao usineiro e ex-deputado federal João Lyra, que chegou a figurar como o parlamentar mais rico do país nas eleições de 2010.

PREJUÍZO DO GVO RECUA 50% NA SAFRA 2015/16

O GVO (Grupo Virgolino de Oliveira), dono de quatro usinas no Estado de São Paulo, promoveu ajustes na safra 2015/16 que reduziram suas despesas operacionais, além de ter registrado perdas menores com variação cambial, que contribuíram para um prejuízo 50% menor na última temporada. Conforme balanço do Diário Oficial Empresarial de São Paulo, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 792,1 milhões no exercício encerrado em 30 de abril, equivalente à safra passada.

Apesar da reação dos preços do açúcar ter começado na última temporada, o grupo não conseguiu capturar essa reação em suas receitas com vendas, que recuaram 2% para, R$ 408,9 milhões. Porém, a companhia conseguiu reduzir em 11% o custo dos produtos vendidos e diminuir sensivelmente seu prejuízo bruto, que ficou em R$ 6,5 milhões, contra quase R$ 50 milhões no ciclo anterior.

No lado financeiro, o GVO ainda registrou perdas, mas menores do que na safra precedente. As perdas com variações cambiais foram 61% menores na última safra, somando R$ 185,2 milhões. Já as despesas financeiras continuaram em alta e totalizaram R$ 241,4 milhões, 5% acima das despesas do ciclo anterior. Diferentemente da safra 2014/15, quando o GVO consumiu R$ 106 milhões de seu caixa, na última safra a companhia conseguiu gerar caixa de R$ 4,2 milhões. No entanto, o endividamento líquido cresceu 18% entre uma safra e outra e somava, em 30 de abril, R$ 193,8 milhões. Além disso, houve uma concentração da dívida bruta no curto prazo. De todo o endividamento, 72% tinha prazo de vencimento em até 12 meses após o fim do exercício, enquanto na safra anterior, a dívida de curto prazo representava 61% do total.

ABENGOA BIOENERGIA DEVE VENDER USINAS EM REESTRUTURAÇÃO

A reestruturação financeira da Abengoa Bioenergia deve envolver a venda das duas unidades produtoras localizadas no interior paulista. De acordo com o diretor e porta-voz da companhia, Rogério Abreu dos Santos, com a situação da matriz equacionada, a tendência é que as usinas do Brasil sejam vendidas. As duas usinas da empresa ficam no interior de São Paulo, uma em Pirassununga e outra em São João da Boa Vista.

No último dia 11 de agosto, a matriz espanhola informou ter chegado a um acordo com seus credores e fundos. A concordância de 75% dos credores, contudo, não foi alcançada, mas a expectativa é de que isso ocorra até 28 de outubro. Uma vez aprovado o plano, a Abengoa voltará a focar seus negócios em engenharia, desfazendo-se, assim, das operações sucroenergéticas no País.

BIOSEV INVESTE EM TECNOLOGIA PARA INIBIR O FLORESCIMENTO

A Biosev, segunda maior processadora global de cana-de-açúcar, investiu na aplicação de inibidores de florescimento de canavial em uma área superior a 32 mil ha. O objetivo da empresa com a aplicação dessa tecnologia é minimizar os impactos causados pelo florescimento, que se manifesta principalmente entre os meses de junho e agosto. “O florescimento causa prejuízos na produtividade agrícola, pois a flor consome parte do açúcar produzido e causa isoporização nos colmos, o que acarreta perda de peso na planta” afirma o diretor Agrícola da Biosev, Ricardo Lopes.

A tomada de decisão de aplicação de inibidores é suportada por um modelo integrado que contempla diversos fatores como, acompanhamento climatológico antes e durante o período de indução, histórico de florescimento da região, altitude dos locais, susceptibilidade de variedades ao florescimento, épocas de colheita e período juvenil do canavial. A análise integrada de todos esses fatores direciona e suporta a tomada de decisão na aplicação de inibidores de florescimento pela equipe técnica da Biosev.

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