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Mercado

Preços do açúcar fecham a semana em baixa nas bolsas internacionais

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Após duas temporadas consecutivas de superávit mundial de açúcar, a safra 2019/20 pode registrar déficit.

Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa na última sexta-feira (26) nas bolsas internacionais. A semana foi marcada por uma forte alta nos primeiros dias, que, aos poucos, foi cedendo e acabou finalizando com queda de 44 pontos no comparativo com a semana anterior, na bolsa de Nova York.

No vencimento março/21, cuja tela expirou na última sexta-feira, a ICE fechou cotada em 17,53 centavos de dólar por libra-peso, queda de 31 pontos no comparativo com os preços praticados na véspera. Já a tela para maio/21 desvalorizou 39 pontos, negociada em 16,45 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 19 e 39 pontos.

Segundo a Agência Reuters, as entregas contra o vencimento do contrato março do açúcar bruto na ICE, que expirou nesta sexta-feira, totalizaram 17.500 lotes, ou cerca de 890 mil toneladas, segundo informações preliminares de operadores.

“O volume é menor do que o verificado há um ano, quando a entrega atingiu 18.820 lotes. A trading de commodities asiática Wilmar foi citada como a única receptora do açúcar, segundo os operadores”, ainda segundo a Reuters.

Londres

Em Londres o açúcar branco também fechou em baixa em todos os lotes. No vencimento maio/21 a commodity foi negociada em US$ 455,10 a tonelada, queda de 12,90 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela agosto/21 caiu 12 dólares, negociada em US$ 441 dólares a tonelada. As demais telas caíram entre 2,80 e 10,60 dólares.

Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, destacou em sua análise mensal sobre os preços do açúcar, que entende “que o mercado exagerou na alta e as razões se fundamentam na contração da economia mundial, na diminuição contínua do consumo que crescia 2.2% há 20 anos e antes da pandemia mostrava 0.46%, no equilíbrio da oferta e demanda mundial que hoje mostra um superávit de pelo menos 3 milhões de toneladas de açúcar dependendo da fonte consultada, além do Brasil ter exportado um adicional de mais de 12 milhões de toneladas nos últimos doze meses. Mas existe sim, uma preocupação que está fora do círculo oferta e demanda, mas que pode impactar preços”.

Ainda segundo Corrêa, “pelo modelo que criamos há mais de uma década, 80% das exportações brasileiras de açúcar para a safra 21/22, que ainda nem começou a ser produzida, já estão fixadas. Esse é um recorde histórico”.

“Existem quatro alternativas básicas para as usinas fixarem seus açúcares de exportação:

a) as que fazem o hedge de venda de açúcar na bolsa de NY na própria conta de futuros que mantem junto a uma corretora;

b) as que fazem o hedge utilizando suas linhas de crédito junto aos bancos com quem possuem relação comercial;

c) as que fazem o hedge na conta de futuros das tradings, desde que exista um contrato comercial que suporte isso;

d) as que utilizam provedores de operações de balcão, sujeitas a um limite preestabelecido de crédito”, destacou o economista.

Mercado doméstico

No mercado interno o açúcar cristal fechou em baixa na última sexta-feira, com a saca de 50 quilos negociada em R$ 109,26, contra R$ 109,86 a saca do dia anterior, desvalorização de 0,55% no comparativo entre as datas, segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP. No mês de fevereiro o indicador registrou alta acumulada de 0,61%.

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