Os preços do açúcar caíram na terça-feira para as mínimas em 5 semanas e se estabilizaram moderadamente em baixa devido à desvalorização do real brasileiro. O real atingiu a mínima em 2 meses e meio em relação ao dólar na terça-feira, incentivando as exportações dos produtores de açúcar do Brasil.
Com isso, o contrato de açúcar bruto com vencimento em maio caiu 0,37 centavo de dólar, ou 2%, a 18,31 centavos de dólar por libra-peso, depois de ter atingido anteriormente uma mínima de um mês, a 18,26 centavos de dólar por libra-peso. O contrato de açúcar branco com vencimento em maio caiu 2%, para US$ 523,20 por tonelada, tendo atingido uma mínima de um mês de US$ 523 por tonelada.
Os temores de uma guerra comercial global também estão pesando sobre os preços do açúcar, devido à preocupação de que a demanda do consumidor por açúcar diminua à medida que a guerra comercial global se intensifica e as tarifas elevam os preços do açúcar. Além disso, a queda do petróleo bruto WTI na segunda-feira para a mínima em 4 anos é um sinal de baixa para os preços do açúcar. A desvalorização do petróleo bruto prejudica os preços do etanol, o que pode levar as usinas de açúcar do mundo a direcionar mais moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim a oferta de açúcar.
Na última quinta-feira, a Unica informou que a produção acumulada de açúcar do Centro-Sul do Brasil para 2024/25 até meados de março caiu 5,3% em relação ao ano anterior, para 39,983 milhões de toneladas. Além disso, a comercializadora de açúcar Czarnikow reduziu na quinta-feira sua estimativa de produção de açúcar do Brasil para 2025/26 para 42 milhões de toneladas, ante 43,6 milhões de toneladas em fevereiro.