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Preços do açúcar ligeiramente mais baixos devido à robusta produção de açúcar no Brasil

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Os preços do açúcar registraram perdas modestas na quinta-feira, 20. O contrato do açúcar bruto com vencimento em julho encerrou em queda de 0,03 centavo de dólar, ou 0,2%, indo a 18,89 centavos de dólar por libra-peso. O contrato do açúcar branco para agosto teve pouca variação, sendo cotado a US$ 552,70 por tonelada.

Na semana passada, os preços do açúcar estiveram sob pressão pelas notícias do aumento da produção de açúcar no Brasil. A Unica informou na sexta-feira passada que a produção de açúcar do Brasil para a safra 2024/25 até maio aumentou 11,8%, para 7,837 milhões de t. Além disso, a porcentagem da safra 2024/25 de cana-de-açúcar do Brasil esmagada para produção de açúcar aumentou para 47,88%, de 46,68% no ano passado.

No entanto, segundo Arnaldo Corrêa, em sua análise semanal, embora os números da safra 2024/25 possam parecer promissores, é importante esclarecer alguns pontos antes de adotar uma visão otimista. “Se analisarmos o volume de moagem acumulado na safra até agora, ele é de 140,7 milhões de toneladas de cana, quase 12% superior à safra 23/24. Esse volume é o maior dos últimos quatro anos, perdendo apenas para o acumulado na safra 20/21. Nos últimos 10 anos, o volume acumulado até a segunda quinzena de maio representou, em média, 21,4% do total moído no respectivo ano. Excluindo os extremos, a média permanece a mesma, sugerindo que a safra 24/25 pode ser tão grande quanto a safra recorde de 23/24, que foi de 654 milhões de toneladas de cana. Portanto, é necessário cautela”, disse em comentário.

Outro ponto a ser observado, segundo ele, é que os contratos de outubro/24 e março/25 fecharam mais firmes, com aumentos de 55 e 46 pontos, respectivamente 12 e 10 dólares por tonelada na semana. No entanto, os vencimentos mais longos, de maio/26 em diante, encerraram em queda de 5,50 a 10 dólares por tonelada. “Isso pode ter sido causado pela fraqueza do real, que abriu oportunidades de fixação em reais por tonelada para os açúcares dessas safras. O real mais fraco tornou a fixação do açúcar de exportação mais atrativa para os vencimentos nas duas próximas safras”, disse.

As perdas no açúcar de ontem, 20, foram limitadas devido à força dos preços do petróleo. Segundo dados da Barchart, o petróleo bruto subiu para um máximo de 7 semanas na quinta-feira, o que beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção de etanol do que de açúcar, restringindo assim a oferta de açúcar. Além disso, as fracas chuvas de monções na Índia apoiaram os preços do açúcar depois que o Departamento Meteorológico Indiano disse que a Índia recebeu chuvas abaixo da média durante a atual temporada de monções.

Na quinta-feira passada, os preços do açúcar subiram para os máximos de 1 mês devido a preocupações com a redução das exportações de açúcar da Índia. O governo indiano disse na quinta-feira passada que continua comprometido em aumentar a mistura de etanol com gasolina. Um aumento na produção de etanol da Índia poderia reduzir a produção de açúcar do país e deixar menos açúcar disponível para exportação, reduzindo assim a oferta global.

Com informações da Barchart

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