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Proteção e controle hidráulico evitam riscos ambientais, operacionais e financeiros em usinas canavieiras

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Projetos hidráulicos bem dimensionados e com produtos de alta qualidade garantem melhor operação dos sistemas hidráulicos, seja na agrícola ou na indústria

Em usinas sucroenergéticas, seja na área agrícola ou na indústria, os sistemas hidráulicos estão presentes desde o controle das águas de processos industriais, passando pelos efluentes restantes dos processos da produção de etanol e açúcar, até nas adutoras que conduzem a vinhaça ou a água (irrigação) que será aplicada no campo. Por isso, é importante estar atento à operação e segurança destes sistemas, a fim de evitar não só os riscos ambientais, que podem atingir a reputação da companhia, como também evitar perdas econômicas.

Na agrícola, os sistemas de proteção e controle estão presentes nas etapas de abastecimento de água bruta (estações de bombeamento, adutoras e reservatórios) para os sistemas de irrigação da cana-de-açúcar e em sistemas de transporte de vinhaça e águas residuais (estações de bombeamento, adutoras, travessias de APP/rodovias/ferrovias, estações de carregamento de caminhões e reservatórios), que alimentam os sistemas de fertirrigação da cana-de-açúcar.

Nos sistemas de abastecimento de vinhaça e águas residuais, por exemplo, há diversos riscos envolvidos. Dentre eles, os mais relevantes são os riscos ambientais, operacionais, financeiros e regulatórios.

“Pensando no risco ambiental, um rompimento que gere vazamento de vinhaça, por exemplo, pode causar danos como contaminação do solo, da água superficial, da água subterrânea e ainda causar erosão do solo”, explica Miguel Guazzelli, gerente geral da Hidro Ambiental, companhia especializada em soluções, sistemas e equipamentos para proteção do meio ambiente.

Já no âmbito operacional, a usina simplesmente pode parar de funcionar. No aspecto financeiro, o rompimento ou vazamento de líquidos pode comprometer os equipamentos instalados, gerando mais manutenção e até mesmo necessidade de substituição.

“Por fim, as leis ambientais são bastante severas para este tipo de acidente, ocasionando desde multas, para os casos mais leves, até a responsabilização criminal pelo desastre ambiental”, adiciona Guazzelli.

Na indústria, os controles hidráulicos são necessários para os sistemas de abastecimento de água bruta (estações de bombeamento, adutoras e reservatórios) para a planta industrial e nos sistemas de alimentação de água para o processo, como circuito de água para resfriamento de equipamentos, sistemas de água para limpeza etc.

De acordo com Miguel Guazzelli, quando ocorrem problemas nos sistemas hidráulicos em usinas sucroenergéticas, eles geralmente têm a ver com projetos hidráulicos mal dimensionados, produtos de baixa qualidade e operação incorreta dos sistemas.

“No caso da indústria, o rompimento de uma tubulação simplesmente paralisa o processo industrial, ocasionando impactos em muitas áreas, desde operacionais até financeiras. No caso de sistema de resfriamento, por exemplo, se romper uma tubulação de água dentro de uma área confinada, como é a indústria, há um risco social, ou seja, pode colocar a vida dos colaboradores da usina em risco”, acrescenta o gerente geral da Hidro Ambiental.

Com controle e proteção hidráulicos, BP Bunge assegura questão ambiental e reduz custos

A BP Bunge, companhia sucroenergética com 11 unidades agroindustriais localizadas em cinco estados brasileiros, está bastante atenta ao controle hidráulico a fim de eliminar riscos em sua operação de fertirrigação e aplicação de águas residuárias.

“O controle hidráulico garante a integridade física dos sistemas de adutoras e elimina riscos ambientais quando aplicados e conservados de forma correta. Esse controle preserva os sistemas que utilizamos para escoamento e aplicação de nosso subproduto em campo. O controle hidráulico também evita o desgaste e perdas prematuras de materiais e equipamentos”, explica Lucas Cabral, gerente Corporativo de Irrigação da BP Bunge Bioenergia.

Hoje, praticamente todas as usinas utilizam de sistemas de adução fixo ou móveis para a distribuição de seus efluentes em campo. Para uso racional desse subproduto, é necessário percorrer longos trechos – ora enterrados, ora aéreos. Com área de abrangência extensa, a irregularidade do terreno é uma realidade (topografia) e este é um ponto que exige e submete os sistemas de adutora a comportamentos indesejados em determinados momentos da operação.

“Hoje, os sistemas de adutoras são devidamente protegidos e encamisados, mas ainda assim existem riscos de rompimento que são mitigados com a aplicação de sistemas de proteção hidráulica e/ou sistemas detectores de ruptura que bloqueiam o fluxo, caso identificado possível vazamento”, salienta Cabral.

A companhia, com o uso de sistemas de controle e proteção hidráulicos, além de assegurar a questão ambiental, tem reduzido custos. Segundo o gerente Corporativo de Irrigação da BP Bunge Bioenergia, há inúmeros benefícios, mas o maior deles é a maior disponibilidade dos sistemas de adução, o que traz maior aproveitamento da vinhaça, reduzindo custos com fertilizantes.

“Horas indisponíveis dos sistemas de adução significam falta de insumo no campo para aplicação, resultando em perdas econômicas referentes aos benefícios da irrigação e custos com nutrição do canavial. Mais um item em que podemos observar benefícios econômicos diretos é a aplicação de ventosas, tanto em sistema de adutoras fixas quanto em adutoras móveis. A falta de ventosas, além de ocasionar perdas prematuras de materiais, pode resultar no maior consumo de diesel e/ou energia elétrica. As ventosas auxiliam na exaustão de ar dos sistemas de adução: quanto maior a presença de ar nos sistemas de adutoras, menor a capacidade de transporte, resultando em mais horas trabalhadas para encher uma tubulação”, observa Cabral.

Projetos bem dimensionados e produtos de alta qualidade fazem a diferença

Os fatores de risco ambiental, operacional e econômico podem ser controlados e protegidos com o uso de equipamentos específicos, como válvulas de controle hidráulico, válvulas ventosas e hidrômetros.

De acordo com Guazzelli, quando ocorrem problemas nos sistemas hidráulicos em usinas sucroenergéticas, eles geralmente têm a ver com projetos hidráulicos mal dimensionados, produtos de baixa qualidade e operação incorreta dos sistemas.

“Projetos mal dimensionados são aqueles que não levaram em consideração, no seu desenvolvimento, os sistemas de controle e proteção necessários para sua operação eficiente. Mesmo um projeto hidráulico bem feito, com produtos de boa qualidade, com excelentes matérias-primas, se ele não tiver um sistema de controle e proteção adequado, pode levar a riscos operacionais. Portanto, em resumo, para um projeto hidráulico ser bem dimensionado é preciso ter bons produtos e bons sistemas de proteção”, detalha o especialista da Hidro Ambiental.

Ainda de acordo com ele, quando se fala de cadeia de fornecimento é preciso ficar atento, pois o compromisso na gestão dos riscos deve estar compartilhado em todas as partes envolvidas, dentro de um propósito comum. Assim é também no caso do gerenciamento de riscos ambientais. Apesar de parecer um detalhe, Guazzelli destaca a importância em se fazer a gestão de riscos, mitigando-os na operação e aumentando a eficiência operacional do sistema.

“Sempre é bom lembrar: mais que ter economia ou redução de custos, o controle e gerenciamento de riscos evita perdas – de insumos, como vinhaça, água, etc – além de toda a responsabilização por um acidente ambiental. O impacto negativo que um rompimento, por exemplo, pode causar é imenso, seja para o ambiente como para a imagem corporativa. Sendo assim, fazer o controle dos riscos é uma prioridade que precisa ser definida estrategicamente na alta administração das usinas”, acrescenta.

Guazzelli acrescenta ainda que “apesar de serem auto-operados, os sistemas de proteção e controle hidráulico podem ser monitorados com o uso de tecnologias que possibilitem ganhos de precisão e validação dos parâmetros, promovendo aumento de produtividade, agilidade e eficiência. Atuamos há 20 anos em todo território nacional, com foco principal no mercado sucroenergético e nosso core business é apoiar nossos clientes e seus projetistas hidráulicos na definição de sistemas de controle e proteção hidráulicos projetados por eles. Ou seja, fornecemos os produtos mais adequados para os projetos que estão sendo desenvolvidos, garantindo que tudo o que foi pensado em termos de eficiência, energia e operação não corra nenhum risco, não rompa, não gaste mais energia do que o esperado”.

Por Natália Cherubin

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