Destaque
Raízen registra o melhor trimestre da sua história e mói 83 milhões de toneladas
A Raízen , maior companhia sucroenergética brasileira, registrou o melhor trimestre da sua história. A moagem de cana-de-açúcar no acumulado da safra 2023/24 atingiu 83 milhões de toneladas, uma alta de 14%, quando comparado a outra temporada com alta de 23% na produtividade dos canaviais.
“Nossos resultados apresentam um dos melhores trimestres da história da Raízen. Executamos nosso plano, combinando crescimento, rentabilidade, disciplina em custos e adaptação à volatilidade dos mercados. Em Renováveis & Açúcar, batemos recorde de moagem com substancial recuperação da produtividade”, disse Ricardo Mussa, CEO da Raízen, em relatório de resultados, divulgado ontem, 08.
Só no terceiro trimestre da safra, a companhia moeu 18,8 milhões de t, o que representa uma alta de 36,2%. O TCH da cana própria da companhia no terceiro trimestre atingiu 77,2 t/ha, alta de 12% em relação a 2022/23. No acumulado, o TCH atingiu 85,3 t/ha, alta de 23,2%. Já a produtividade agrícola (ATR/ha) atingiu 10,1 no terceiro trimestre, mas no acumulado cresceu 22,3%, atingindo 11,5.
A produção de açúcar no terceiro trimestre da safra 2023/24 foi de 1.205 milhão de t, alta de 38,0%, em relação ao mesmo período da safra anterior. No acumulado, a Raízen produziu 5.800 milhões de t, alta de 21,6%. Em etanol, a companhia registrou produção de 749 metros cúbicos de etanol 1G, crescimento de 27,8%. No acumulado, foram 3101 metros cúbicos, alta de 4,2%.
Já a produção do etanol 2G, embora tenha tido alta de 7,2% no trimestre, atingindo 8,9 metros cúbicos, registrou queda no acumulado de 0,4%, atingindo 25,2 metros cúbicos.
Em outubro de 2023, a companhia iniciou suas operações de comissionamento da nova planta de E2G (“Planta #2”) no Parque de Bioenergia Bonfim, na cidade de Guariba (SP), tendo em vista a conclusão das obras. Esta planta já deverá atingir produção correspondente a 60% de sua capacidade no seu primeiro ano de operação, com volume totalmente comercializado. Seguimos com as obras das Plantas #3 a #6, enquanto avançamos nos projetos das plantas #7 a #9, sem intercorrências. Esses progressos reforçam nossa liderança como único player global de etanol celulósico, em larga escala.
“Encerramos o principal período de produção da safra com recorde de moagem e com forte expansão da produtividade, em consonância com a nossa jornada para recuperação da produtividade agrícola e clima propício. O mix denota a otimização de produção do açúcar, dado ciclo favorável de mercado e rentabilidade superior no decorrer da safra. Os índices de performance de 1º, 2º e 3º cortes confirmam a recuperação da produtividade, suportada pelo robusto plano de gestão e investimentos em nossa operação. Mais de 2/3 do canavial já está dentro do seu potencial, fazendo com que a média da produtividade evolua gradualmente, gerando alavancagem operacional”, afirmou a companhia em relatório.
Lucro líquido ajustado teve alta de mais de 100% no trimestre
De acordo com a companhia, o terceiro trimestre da safra 2023/24, registrou um lucro líquido de R$ 793,3 milhões no terceiro trimestre da safra 2023/24, alta de 472,2% ante os R$ 168 milhões reportados um ano antes. No acumulado da temporada, de abril a dezembro de 2024, o lucro é de R$ 1,42 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 159,8 milhões do mesmo período de 2022/23.
O lucro líquido ajustado foi de 755 milhões, o que representa uma alta de mais de 100% em relação ao mesmo período da safra 2022/23, quando a Raízen registrou R$ 255,7 milhões. No acumulado da safra, a companhia registrou aumento de 8,9%, com R$ 1.462,5 bilhões em seu lucro líquido ajustado.
A Raízen afirmou que o lucro líquido ajustado apresentou forte evolução nos trimestres comparáveis em virtude da evolução do desempenho operacional e geração de margens, mesmo com o impacto do resultado financeiro no período. “No período, temos o efeito da mudança de comportamento sazonal das margens, menor volatilidade do ativo biológico e alta dos juros no período”, afirmou a companhia em relatório.
Outros destaques da Raízen no trimestre foram a geração primária de caixa, que também sofreu um aumento de mais de 100%, atingindo R$ 2,3 bilhões. Já o EBITDA Ajustado foi de R$ 3,9 bilhões, alta de 33%, em relação ao mesmo período da safra 2022/23. No acumulado, o EBITDA Ajustado foi de R$ 10.922,1, alta de 16,5%, se comparado com a temporada 2022/23. Segundo a companhia, o desempenho reflete maior lucro bruto, gestão eficiente do capital de giro e fortalecimento da oferta integrada, com aumento da participação nos mercados contratados (B2B) e posicionamento no varejo.
O lucro bruto do terceiro trimestre da safra 2023/24 foi de R$ 4.534,9, o que representa uma alta de 30% em relação a temporada anterior. No acumulado da safra, o lucro bruto foi de R$ 11.932,4 milhões, 43,8% maior do que o da temporada anterior. Os números, de acordo com a companhia, se devem a expansão da margem operacional em função da assertividade na gestão de suprimentos e pela estratégia de comercialização, tracionada por um ambiente operacional saudável, compensando as perdas com inventários de produtos como o diesel em dezembro.
A receita líquida da companhia foi de R$ 58,5 bilhões, uma queda de 3% em relação ao mesmo período da safra passada. No acumulado, a receita líquida da companhia em 2023/24 atingiu R$166.769,6, o que significa uma queda de 12,6%, em relação a safra anterior.
A companhia realizou, no período, cerca de R$ 3,0 bilhões em investimentos, o que significa uma ligeira queda de 2% quando comparado ao 3T 22/23. O foco, de acordo com a Raízen, foi a expansão do portfólio de renováveis. Segundo a companhia em relatório, os resultados demonstram consistência e evolução, principalmente em Mobilidade e Açúcar. Com a forte expansão das margens, a Raízen entregou um trimestre de crescimento do EBITDA consolidado.
“Mantivemos o foco na excelência operacional, consolidando avanços em nossa jornada agroindustrial para maximizar produtividade e escala. Fortalecemos nossa Oferta Integrada Shell em Mobilidade, com suprimento otimizado e disciplina na gestão dos gastos. Orientamos nossos investimentos para a expansão de nossas operações, em aderência ao plano de negócios da Raízen. Mantivemos uma estrutura de capital coerente com a sazonalidade do período, com níveis prudenciais de liquidez, mitigando efeitos de capital de giro para seguir crescendo nossos negócios. A geração de caixa livre para os acionistas e o ROACE também evoluíram, suportados pelos resultados dos nossos negócios e monetização de créditos tributários”, afirmou a companhia.
“Temos comercializado nosso açúcar em um novo patamar de preços com importante melhora nos resultados. No etanol, mesmo neste ambiente de preços mais pressionados, nosso portfólio diferenciado sustentou preços superiores à média do mercado e nossa estratégia de comercialização vem se mostrando acertada. Nosso Programa E2G segue acelerado, operando no topo da nossa capacidade operacional, entregando a Planta #2 (Bonfim) e evoluindo na construção das demais, sem intercorrências. Na Raízen Power, expandimos nossa comercialização, com novas possibilidades em geração distribuída e eletromobilidade, ampliando o acesso à energia limpa e renovável”, disse Mussa.
Em mobilidade, segundo Mussa, a companhia comprovou que o setor pode operar com níveis superiores de rentabilidade e disse que a Raízen segue com foco em otimizar sua estratégia de suprimentos e comercialização.
“Acreditamos que um ambiente competitivo cada vez mais saudável proporcionará a expansão da Oferta Integrada Shell, gerando mais valor aos nossos clientes e revendedores. Nossos avanços nos energizam e motivam para seguirmos redefinindo o futuro da energia, com inegociável cuidado com as pessoas e o meio ambiente”, disse.