A possível redução do ICMS sobre o combustível não trará impactos relevantes sob o preço do etanol. Primeiro, para além dos governos estaduais não controlarem o câmbio, os produtores de álcool vivem um momento de final da safra e ela é baixa, já que passou por um ano para além de secas intensas, geadas inesperadas. Foram três em regiões diferentes. “Não tem como você aumentar a produção de uma hora para outra. Mesmo para próxima safra, praticamente, a cana que vai ser colhida já foi toda plantada”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha.
“Esse é um problema que necessariamente você reduzindo o imposto, não é isso que vai atingir a curto prazo a redução do preço na conta. Até porque, governos estaduais, não controlam o preço cambial, o preço do petróleo é uma commodities, no caso da cana estamos em final de safra”, destaca Rocha em entrevista ao Diário de Goiás.
O que pode ser feito neste momento é colher a cana que está no campo mas não há uma previsão de aumento na produtividade. “Não existe uma política para você falar que você vai conseguir aumentar a produção de açúcar ou de etanol. Não tem como você aumentar a produção de uma hora para outra. Mesmo para a próxima safra, praticamente, a cana que vai ser colhida já foi toda plantada. Você pode ter alguma coisa a mais com relação à produtividade que vai depender muito do clima e você tem um pouco mais de oferta com a produção do milho mas ainda é muito pequena se comparado ai com a oferta do etanol que vem da cana“, destaca.
Então, mesmo com a possível redução de imposto não dá para prever se os preços terão reflexo para o consumidor na ponta da linha. “Você pode ter alguma coisa a mais com relação à produtividade que vai depender muito do clima e você tem um pouco mais de oferta com a produção do milho mas ainda é muito pequena se comparado ai com a oferta do etanol que vem da cana. É muito difícil você falar em qualquer situação de preço mesmo com a redução de impostos neste caso.”