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Representantes do agro veem em André Corrêa do Lago boa escolha para presidir COP30

Representantes do agronegócio saudaram a escolha do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30, na sigla em inglês), que será realizada em Belém (PA) neste ano.
O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira. “Corrêa do Lago é uma das mentes brilhantes do diálogo climático mundial. Sai ganhando o Brasil, como também o resto do mundo”, disse o secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal e coordenador do Centro Global Agroambiental da Fundação Dom Cabral, Marcello Brito.
Atual secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, Corrêa do Lago já estava envolvido na organização da COP.
“É um ótimo nome, pessoa de Estado e conhecedor profundo do tema de clima”, observou o coordenador do Comitê de Sustentabilidade da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Eduardo Bastos.
Na mesma linha, o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, avaliou a indicação de Corrêa do Lago como “uma ótima escolha”. “Estou torcendo pelo sucesso dele e da COP”, acrescentou.
Ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), o empresário e pecuarista Pedro de Camargo Neto também destacou a competência de Corrêa do Lago: “O presidente da COP é responsável por facilitar as negociações entre os países membros durante as conferências climáticas, atuando de forma imparcial para guiar as discussões e garantir a implementação eficaz dos acordos”.
Para o pecuarista, contudo, persiste a preocupação quanto ao líder do Brasil nas negociações, representando interesses e políticas do país. “Enquanto o presidente da COP é neutro, e focado na colaboração, os líderes nacionais priorizam as agendas e objetivos específicos de seus países. O Brasil até hoje não definiu suas prioridades, sua rota em Belém”, alertou Camargo Neto.
Ele ainda defendeu: “Essas definições precisam estar claras e com amplo apoio nacional – uma política de Estado distante das desavenças da miúda política partidária. Com Trump ou sem Trump, a Amazônia precisa ser preservada e mesmo restaurada”.
O pecuarista citou também a necessidade de combate ao desmatamento ilegal, garimpo ilegal, extração ilegal de madeira e grilagem.