Redação RPAnews – No mês de junho, de acordo com o Boletim de Monitoramento de Cana-de-açúcar, realizado pelo LNBR (Laboratório Nacional de Biorrenováveis) e CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), levantados para os Estados de São Paulo e Goiás, o volume de chuvas se mostrou abaixo da média histórica, tanto em São Paulo quanto nas regiões de Goiás avaliadas.
Segundo dados divulgados no levantamento, em ambas as regiões se tem o aumento das áreas com déficit hídrico. Apesar das chuvas abaixo da média, como o período atual é de estiagem, a diferença entre os volumes já esperados e o que realmente choveu é pequena em termos absolutos.
“Sendo assim, no Estado de São Paulo, com um balanço climatológico ainda estável, houve o predomínio de mesorregiões com valores de NDVI pouco superiores à média histórica, com apenas três regiões (Araçatuba, São José do Rio Preto e Marília) permanecendo dentro da média”, informa o documento.
A média de chuvas do mês de junho concentradas no primeiro decêndio do mês, ficou 34% abaixo da média histórica. Dessa forma, houve um aumento das áreas com déficit, conforme esperado, devido a época de estiagem. Porém, nas regiões Sul e Sudeste do Estado de SP ainda é possível observar áreas com excedente hídrico, chegando a atingir 26 mm.
“A maioria das mesorregiões apresentaram precipitações abaixo da média histórica. As únicas regiões que apresentaram valores de precipitação próximos da média foram Itapetininga e Araçatuba. Mesmo com estes baixos valores de precipitação, de um modo geral, o vigor vegetativo analisado pelo NDVI das mesorregiões se manteve superior à média histórica. Já os municípios de Araçatuba, São José do Rio Preto e Marília apresentaram valores de NDVI dentro da média.”
Goiás pode ter cana prejudicada devido a déficit hídrico
O Estado de Goiás, mesmo com a totalidade das áreas em déficit hídrico, apresentou em todas as suas mesorregiões produtoras de cana-de-açúcar o NDVI superior às médias históricas, provavelmente em virtude do acumulado de excedente hídrico dos meses anteriores.
De acordo com o boletim, com a continuidade do período de estiagem, espera-se para os próximos meses um aumento das áreas de déficit hídrico podendo comprometer o desempenho da cultura canavieira na região.
No mês de junho quase não houve ocorrência de chuvas no Estado de Goiás. A precipitação média foi bem inferior à média histórica do mês, a qual normalmente já é baixa. Como resultado, o balanço hídrico climatológico apresentou déficit em todas as áreas em estudo, chegando a atingir 25 mm em algumas áreas.
No Estado de Goiás as precipitações foram escassas no mês de junho, sendo esta situação característica do regime histórico de chuvas da região. Mesmo com a baixa precipitação, os valores de NDVI das microrregiões produtoras de cana-de-açúcar não foram afetados, sendo que todas do estado obtiveram valores de NDVI acima da média histórica.