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Usina Coruripe atinge moagem recorde na safra 2023/24, com 16 milhões de toneladas
Volume de cana-de-açúcar superou em 17% o registrado na safra anterior; companhia também divulgou prévia dos números financeiros
Uma temporada com novos recordes em termos de produção e desempenho financeiro. Esse é o balanço prévio da safra 2023/24 da usina Coruripe, uma das maiores empresas do setor sucroenergético no país, que vai completar o seu primeiro centenário de atividades no início de 2025.
De acordo com relatório operacional-financeiro da companhia, ainda não auditado, a moagem de cana-de-açúcar atingiu o recorde histórico de 16,06 milhões de toneladas, volume 17% superior aos 13,7 milhões da safra 2022/23. A produção chegou a 41,7 milhões de sacas de açúcar equivalentes (+ 17%), 703 mil MWh de energia produzida (+5%) e 495 milhões de litros de etanol (+22%).
Em relação ao desempenho financeiro, o faturamento bruto foi de R$ 4,55 bilhões, 23% superior ao registrado na safra 22/23. Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, descontando também fatores tidos como relevantes pela empresa) chegou a R$ 1,75 bilhão.
Por sua vez, a relação entre a dívida financeira líquida e o Ebitda ficou em 1,5 vez, 31% inferior ao indicador de 2,2 da safra anterior. Segundo a companhia, isso reflete, em termos absolutos, uma redução de R$ 482 milhões no endividamento da empresa.
A Coruripe encerrou o período com R$ 1,32 bilhão em caixa, posição também recorde. O lucro líquido contábil, sem os efeitos do IFRS16, foi de R$ 315 milhões.
Segundo o presidente da Coruripe, Mario Lorencatto, diversos fatores contribuíram para esse desempenho positivo, incluindo a expansão das áreas de produção e as condições climáticas favoráveis associadas às melhores práticas de manejo agrícola. Dessa forma, houve ganhos de produtividade tanto da cana própria quanto dos fornecedores.
Além disso, ele destaca os investimentos realizados em tecnologia e ferramentas inovadoras, a utilização de soluções sustentáveis e o papel exercido pelo terminal rodoferroviário construído recentemente pela Coruripe na unidade de Iturama (MG).
“Nos últimos anos, percorremos um caminho longo e cheio de desafios, mas finalmente estamos chegando próximo de onde queremos que a Coruripe esteja nesta etapa do nosso planejamento estratégico. Tivemos colheita, moagem e resultados financeiros históricos, com conquistas extraordinárias, fruto do talento e esforços incansáveis de toda a equipe e forte apoio dos nossos acionistas”, afirma.
De acordo com ele, esses resultados foram obtidos seguindo os “mais rígidos” padrões de segurança do trabalho. A safra, conforme a companhia, teve o menor nível de acidentes com afastamento em toda sua história centenária, também registrando avanços na agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança).
Entre as conquistas recentes, Lorencatto destaca a inauguração, em março deste ano, de uma nova fábrica de açúcar em Limeira do Oeste (MG), o que ampliou a capacidade de moagem da unidade para 2,5 milhões de toneladas, incluindo a produção de 187 mil toneladas de açúcar VHP.
Esse investimento elevou a capacidade total de moagem da Coruripe para 16,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com produção total de açúcar de cerca de 1,5 milhão de toneladas. De acordo com a companhia, foram aplicados R$ 481 milhões na unidade do Triângulo Mineiro.
Também neste ano, a Coruripe concluiu o processo de auditoria externa para certificação internacional ISCC Corsia Plus. Com isso, passou a fazer parte do grupo de companhias habilitadas a produzir e comercializar etanol para produção de combustível sustentável de aviação (SAF). O reconhecimento foi para o etanol produzido nas unidades de Iturama e Limeira do Oeste.
“A Coruripe tem implementado, nos últimos anos, uma agenda repleta de iniciativas, visando consolidar seus níveis de produtividade e eficiência de excelência no mercado, reforçando também a cada safra sua estrutura financeira, reduzindo alavancagem e construindo uma base sólida para as etapas futuras de crescimento”, afirma Mario Lorencatto.
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