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Vendedores se retraem e preços do milho voltam a subir
O mercado de milho no Brasil vive um momento de contrastes, evidenciado pelos dados de semeadura e a dinâmica dos preços nas últimas semanas. Até o dia 15 de setembro, a semeadura da safra 2024/25 alcançou 12% da área nacional. Este valor representa um avanço em relação aos 9,7% registrados na semana anterior, mas ainda está 3% abaixo dos 15% observados no mesmo período de 2023.
Enquanto o plantio apresenta um ritmo modesto, a situação dos preços do milho apresenta um comportamento oposto. Segundo dados do Cepea, em 15 de setembro, os preços estavam em queda nas regiões consumidoras, com muitos vendedores se mostrando flexíveis devido à demanda externa desaquecida. No entanto, a partir de 22 de setembro, uma reviravolta ocorreu: os preços começaram a subir em praticamente todas as regiões acompanhadas. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa alta é atribuída à retração de vendedores, que agora priorizam os trabalhos de campo, além do aumento nas intenções de compra por parte dos demandantes.
Em apenas uma semana foi suficiente para que a limitação da oferta, especialmente com a colheita da segunda safra 2023/24 concluída, gerasse uma expectativa de valorização. Os vendedores, que conseguiram armazenar suas produções, optaram por restringir a oferta no mercado spot, aguardando melhores preços.