A Diana Bioenergia divulgou na última terça-feira, 7, os resultados consolidados da temporada 2019/20, que mostraram um faturamento bruto acima dos R$ 200 milhões. A expectativa da companhia, é crescer entre 10 a 15% na safra atual.
O relatório mostra que a companhia saiu de um prejuízo de R$ 8,04 milhões para um lucro de R$ 7,96 milhões, ou seja, um movimento positivo de mais de R$ 16 milhões, com praticamente o mesmo volume de cana moída no ciclo anterior.
A companhia teve receita líquida de R$ 177,1 milhões com queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Na safra 2018/2019 a Diana Bioenergia apurou resultado líquido (lucro) de R$ 1.895 milhões, incluindo a venda de ativo imobilizado, no caso, a Fazenda Cruzeiro que estava fora do raio de atuação da companhia, que impactou no resultado em R$ 21.800 milhões.
Já na safra 2019/2020 a Diana apurou resultado líquido (prejuízo) de R$ 4.104 milhões. Nesse resultado estão os efeitos de adoção da norma CPC 06(R2) e variação cambial não caixa, que impactaram negativamente o resultado em R$ 12.06 milhões.
No balanço financeiro do mês de junho, a Diana tinha um caixa liquido final consolidado de R$ 43.536.264,68.
O endividamento líquido total atualizado é de R$ 135,679 milhões que representa R$ 95,00/ton de cana.
A Diana comemora ainda outro resultado importante, que é o de não ter registrado nenhum acidente nos meses de maio e junho/20 na agrícola, conquistando assim, a marca de “Acidente ZERO”.
Produção cresce em área própria
Na safra 2019/20 a moagem da usina foi de 1.192 milhões de t, sendo 874 mil toneladas (73%) de cana-de-açúcar própria. 30% deste canavial foi cultivado em área do grupo e 70% em área de parceria agrícola.
Na temporada, o mix foi 55,40% para etanol e 44,60% para açúcar, com registro de aumento de 21% na produção de açúcar VHP, superando 61 mil toneladas. A eficiência industrial global passou para 87% e a disponibilidade industrial para 96,19%.
Nos últimos dois ciclos, a usina reformou 25% do canavial e na temporada atual terminaram no dia 15 de abril, o plantio de três mil hectares, o que representa uma reforma de 20% do canavial próprio.
Assim, em três anos, de acordo com a companhia, foi reformado 70% do canavial próprio, o que possibilitará otimizar o parque industrial e, consequentemente, reduzir ainda mais os custos fixos, aumentar a rentabilidade da companhia e reduzir o endividamento.
Dessa forma, para garantir a performance, a Diana Bioenergia investiu em tratores e transbordos para colheita de cana, visando aumento da produtividade operacional e redução de custos. Na indústria, também fez a reforma da caldeira, objetivando a redução do consumo específico de vapor e aumento da sobra de bagaço, e consequentemente, uma maior exportação de energia.