Grupo de motomecanização da cana comemora 30 anos e se prepara para mais 30

A ideia de reunir os responsáveis pela manutenção e motomecanização do setor canavieiro nasceu em um treinamento de gerência de Manutenção de Frota na fábrica da Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo, em 1986. Há 30  anos a mecanização praticamente se restringia a caminhões e implementos, máquinas para colheita ainda eram para poucos, e  o plantio  mecanizado era um tabu.

Hoje a realidade é outra, em São Paulo  a mecanização dos canaviais passa dos 90% e novas máquinas, implementos e tecnologias desafiam usinas e fornecedores a extraírem delas o máximo de sua performance.

O GMEC foi essencial para que o nível tecnológico dos canaviais chegasse ao patamar de hoje. Em 30 anos, com mais de 300 reuniões itinerantes, cerca de 10 mil profissionais se debruçaram em cima do desafio de usar as máquinas com o máximo de eficiência e fazer a produtividades crescer junto com a mecanização.

Este foi e continua sendo o trabalho desse grupo que forma o GMEC, trocar informações, testar equipamentos e contribuir até para que as indústrias ofereçam ao setor exatamente o que ele necessita.

No próximo dia 23 de novembro o GMEC se reúne para comemorar este marco e fazer a primeira reunião fora de unidade produtiva. A reunião, além homenagear quase 20 profissionais que contribuíram muito para a mecanização agrícola da cana-de-açúcar, vai   contar com uma programação especial de palestras técnicas que já delineiam os próximos 30 anos dessa cultura.

Segundo Wilson Agapito, gerente de motomecanização da Usina Santa Isabel e coordenador do GMEC, os desafios nos canaviais são diferentes de 30 anos atrás e com certeza são diferentes também dos canaviais do futuro.  “As  novas tecnologias não param de chegar ao campo, mas é preciso estar preparado para elas e também é preciso mostrar aos fabricantes de que forma elas devem  ser melhor aproveitadas no campo. Estamos falando tanto de tecnologias eletrônicas embarcadas quanto do uso de materiais mais nobres nas máquinas que permitam que elas interrompam menos os trabalhos no campo”.

Para Dario Sodré, que formou o grupo inicial do GMEC e hoje é consultor do setor, os homens que trabalham nas áreas de manutenção e motomecanização têm um desafio muito grande, pois quando já se fala em agricultura 4.0, muitos nem chegaram ainda na 2.0. Tirar das máquinas a melhor performance, a maior qualidade e menor custo depende de muito aprendizado e troca de experiências, e este tem sido o trabalho fundamental do GMEC que continua ativo e motivado.

As inscrições para o evento estão abertas para os profissionais do setor e não tem nenhum custo. Elas podem ser feitas em contato@gmec.com.br