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Para onde vai o mercado de açúcar?
O mundo está querendo saber se o futuro será doce ou se os produtores de açúcar amargarão preços baixos nas próximas safras. Para discutir o assunto, representantes do setor ao redor do planeta reuniram-se em São Paulo nesta segunda feira, 7 de novembro, no Seminário Internacional do Açúcar 2016.
A maior incógnita, na visão dos palestrantes, será o comportamento da China, país que tem grandes estoques, capazes de balançar o mercado global, mas onde o consumo está crescendo e a produção diminuindo, principalmente pelo alto custo de produção. Saber qual será a estratégia governamental – liberar estoques ou aumentar ainda mais as importações – é a grande questão que está em jogo.
Outro país que inspira curiosidade é a Índia. Lá, como em boa parte dos países produtores, os efeitos do El Niño foram severos, razão pela qual a produção caiu e os preços do produto se valorizaram no mundo todo. Neste ano, o solo ainda está seco e muitos agricultores que dependem de irrigação estão desistindo do cultivo. Abre-se novamente a questão: a Índia vai exportar? Vai importar?
O Brasil, outro grande produtor, aproveitou a valorização ocorrida por conta do déficit de açúcar no mundo, mas, como o etanol também reagiu, não aumentou sua produção de açúcar em níveis significativos. E o país tem um problema adicional: falta capacidade de expansão da moagem, por conta da alavancagem das usinas, que tratam agora, com a boa rentabilidade alcançada depois de cinco anos de baixa, de se consolidarem. Não há espaço para grandes aventuras.
O presidente da Abag e liderança do setor sucroalcooleiro, Luiz Carlos Correa Carvalho comentou o que está em jogo no mercado mundial de açúcar e o papel do Brasil neste contexto