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Produção de etanol de milho domina oferta na entressafra de cana

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A produção de etanol no centro-sul do Brasil na segunda quinzena de janeiro atingiu 67,46 milhões de litros, com a fabricação do combustível de milho representando quase 60 por cento da nova oferta no período de virtual entressafra de cana-de-açúcar na principal região produtora do país.

A produção de etanol de milho tem apresentado “intensa expansão ao longo da atual safra” 2017/18, destacou o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues, em nota nesta sexta-feira.

Segundo dados levantados pela Unica, nos últimos 15 dias de janeiro, a produção de etanol de milho alcançou 39,20 milhões de litros, com praticamente todo esse montante referente ao biocombustível hidratado (37,52 milhões de litros).

Já no acumulado desde o início da safra 2017/18 até 1º de fevereiro, o volume de etanol fabricado a partir do milho totalizou 391,85 milhões de litros (322,07 milhões de litros de hidratado e 69,79 milhões de litros de anidro), volume 130 por cento superior ao valor registrado em igual data do ciclo 2016/17.

Nesse período de entressafra de cana, produtores de etanol de milho, alguns deles detentores de usinas “flex”, que podem processar cana e milho– estão se beneficiando de preços mais altos do biocombustível, em meio a cotações elevadas da gasolina nos postos.

No entanto, o volume de etanol de milho na safra ainda representa apenas 1,5 por cento do total do biocombustível produzido na região, embora fabricantes tenham planos ambiciosos.

O setor de etanol de milho de Mato Grosso, onde a oferta do cereal é maior, prevê elevar a produção do biocombustível a partir do cereal para cerca de 3 bilhões a 4 bilhões de litros por ano em cinco anos, afirmou à Reuters nesta semana Ricardo Tomczyk, que dirige a recém-criada União Nacional do Etanol de Milho (UNEM).

ACUMULADO DA SAFRA

No acumulado da safra 2017/18 do Centro-Sul, a produção de etanol totalizou 25,33 bilhões de litros (14,72 bilhões de litros de hidratado e 10,61 bilhões de litros de anidro), aumento de 1,2 por cento na comparação com a safra anterior.

A moagem de cana somou 583,96 milhões de toneladas na safra até o momento, queda de 1,66 por cento sobre igual período do ciclo 2016/2017. Dessa quantidade, 53,10 por cento foi destinada à produção de etanol e o restante para açúcar, cujo volume produzido somou no acumulado da safra 35,83 milhões de toneladas, alta de 1,63 por cento.

Na segunda metade de janeiro de 2018, a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul atingiu 407,42 mil toneladas, e praticamente todo esse volume foi processado por unidades produtoras do Estado do Mato Grosso do Sul, segundo a Unica.

No início de fevereiro, seis unidades ainda estavam processando cana na região, sendo que destas, uma que havia concluído a safra ao final de 2017 voltou a moer na segunda metade de janeiro. A título de comparação, no mesmo período da safra passada, 11 empresas estavam em atividade na região.

A produção de açúcar na quinzena foi “irrisória”, destacou a Unica, somando apenas 4,42 mil toneladas. (Reuters)

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