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Mato Grosso será o maior produtor de biocombustível do mundo

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O Estado de Mato Grosso é o maior produtor de milho do Brasil, na safra passada produziu 30 milhões de toneladas, o consumo no estado é estimado em quatro toneladas. Aproximadamente, 18 milhões de toneladas são exportadas para outros países. “A logística é sofrível, seja para chegar em Santos ou Paranaguá. O produtor vende a saca por R$ 14 e paga R$ 18 de frete para chegar no porto”, conta Jorge dos Santos, diretor-executivo da Sindalcool-MT.

Mas porque que a produção de milho não cai? “Primeiro porque ela é uma rotação de cultura necessária à soja. Segundo que é uma forma de aproveitar a estrutura que está ociosa: terra, trator, plantadeira, colheitadeira, mão de obra, então se empatar é lucro. Melhor do que deixar a terra vazia”, responde Jorge.

Para a manutenção da grande produção de milho, o diretor-executivo da Sindalcool-MT também cita o potencial agropecuário de Mato Grosso. “Temos o maior rebanho bovino do país: 30 milhões de cabeças. Estamos indo no mesmo caminho para suinocultura, avicultura e produção de peixes. O milho gera um subproduto quando processado que é o DDG, que, dependendo da fabricação, apresenta até 46% de proteína e é muito mais barato, rivalizando com a soja. Os produtores resolveram agregar valor. Transformar o milho em ração. Uma tonelada de milho gera 280 kg de DDG, nas mais variadas concentrações de proteína, para confinamento de gado e suíno e peixes. Só que a produção de DDG também gera um subproduto, que é o etanol: 400 litros por tonelada em média.”

Do início da safra 2017/18 até 31/12, o MT produziu 1,3 bilhão de litros de etanol. Deste montante, de milho foi 230 milhões. “Porém a produção de etanol de milho é praticamente apenas de novembro e dezembro. Porque só uma unidade produz concomitante, o resto é só na entressafra. Quem produz o ano inteiro é a Libra e a FS Bioenergia, mas a FS começou em agosto”, salienta Jorge.

Escoar a produção de etanol tornou-se um desafio para Sindalcool-MT.”O mercado é pequeno aqui. O mesmo acontece no entorno: Acre, Rondônia e Amazonas. Então buscamos todas as alternativas de logística para que o etanol possa chegar aos mercados consumidores. Nos últimas dias, estive no RJ em uma reunião com a Logum, que é a operadora do etanolduto, que já está em Uberaba, para saber sobre seus planos para o MT. O etanolduto é a redenção em termos de logística.”

Mato Grosso conta com três usinas que produzem etanol de milho, no sistemaflex (cana e milho): Usimat, Libra e Porto Seguro. “A Libra e a Usimat funcionam concomitante o ano inteiro. A Porto Seguro só na entressafra. E tem uma unidade full, exclusiva de milho, que é a FS Bioenergia, que começou a operar em agosto do ano passado e que já está dobrando a produção de 240 milhões para 500 milhões de litros. Outra indústria vai se instalar em Sinop, começa a construção em março também nesse nível: 500 milhões de litros.Tem a Etamil que também deve começar em 2019 em torno de 200 a 300 milhões de litros. Há um outro projeto que também vai começar a operar com esse montante. Asoma do volume de produção dos projetos sérios, com licenças ambientais em andamento, com contratação de construção é de1,5 bilhão de litros de etanol, que virão se somar aos outros 1,5 bilhão que já produzimos. Chegaremos aos 3 bilhões até final de 2019.”

Fonte: CanaOnline

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