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Unida proporá a governadores do NE a revitalização do setor canavieiro

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Nesta sexta-feira (16), entidades estaduais do setor sucroenergético de Pernambuco, representadas pelo consultor sênior Gregório Maranhão, reúnem-se com o governador Paulo Câmara no Palácio das Princesas, às 16h. Na pauta serão expostas oportunidades socioeconômicas para o estado através da retomada de antigos patamares da produção de cana – cultura a ser estimulada pelo Programa Nacional de Biocombustíveis (Renovabio). O projeto de revitalização desta área agroindustrial do NE (Renova), elaborado pelo referido consultor, será apresentado também aos governadores Renan Filho (Alagoas) e Ricardo Coutinho (Paraíba), além dos gestores da BA, SE e do RN – estados onde também existem  entidades ligadas à União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).

A meta da Unida é contar com o apoio governamental na renovação de 300 mil hectares de canaviais do NE, de modo a contribuir na retomada da produção de 60 milhões de toneladas de cana na região. Os números dos últimos anos não atingem 40 milhões por safra. Em Pernambuco, a Associação dos Fornecedores de Cana do Estado (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana (Sindicape) integram o quadro de entidades estaduais que compõem a Unida. O projeto visa atingir essa retomada de forma partilhada com o poder público, que entra com insumos e mão de obra, enquanto os 21 mil agricultores entram com próprios recursos, conforme foi demonstrado numa reunião nesta segunda-feira na AFCP.

Os detalhes do projeto serão apresentados a Paulo Câmara nesta sexta. O papel do estado é essencial no êxito do Renova, sobretudo diante da acentuada descapitalização no setor por conta dos cinco anos seguidos de estiagem, agravando a dificuldade dos canavieiros nordestinos, onde 85% são do regime de economia familiar. “Vamos dar todo o apoio para que seja viabilizado o Renova em Pernambuco”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP. Só o estado responde por 11 mil canavieiros.

A estimativa de investimento a nível regional alcança R$ 90 milhões. “O papel governamental entregando kits de renovação da cana por hectare, composto por mão de obra e insumos (herbicida, calcário, fertilizante, etc), como está proposto pelo projeto, não só ajudará na revitalização da cultura canavieira nordestina, como também contemplará expressivas e importantes problemáticas da atualidade que dizem respeito ao combate ao desemprego e melhoria dos indicadores de segurança pública”, frisou Gregório Maranhão durante uma reunião da Unida na sede da AFCP.

Com o Renovar em funcionamento, Maranhão estima que serão criados cerca de 60 mil postos de trabalho por ano, ao longo de três anos, em toda área da zona da mata canavieira do Nordeste, que contempla cinco estados, que vai do Rio Grande do Norte até a Bahia. Portanto, o projeto seria relevante também para outras áreas sociais, visto que hoje há 14 milhões de desempregados e problemas graves com segurança pública que advém desta mazela social de desocupação. “Portanto, estaremos pleiteando o apoio do poder público estadual e federal para implantá-lo junto com o setor canavieiro porque o Renovar trás ganhos para toda a  sociedade”, afirmou José Inácio, presidente da Unida e da Asplan/PB

 

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