A geração de postos de trabalho pela indústria paulista teve um saldo positivo de 10 mil vagas em março, revelaram nesta segunda-feira, 16, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O resultado supera o registrado em igual mês de 2017 (9.500 vagas), representando uma alta mensal de 0,48% na comparação sem ajuste sazonal.
No primeiro trimestre de 2018, a geração de vagas no setor industrial paulista chegou à marca de 23 mil, melhor nível desde 2013, quando haviam sido criadas 34.500 vagas.
O setor que mais contribuiu para o volume mensal foi o sucroalcooleiro, com 5.183 vagas (52% do total), beneficiado pela época de safra da cana-de-açúcar. Já no acumulado do ano, o segmento contribuiu com 6.657 postos de trabalho. Pela definição adotada pela Fiesp, os empregos no setor sucroalcooleiro compreendem as atividades de ‘fabricação de açúcar bruto’, ‘fabricação de açúcar refinado’ e ‘fabricação de álcool’.
Também tiveram destaque os setores industriais de ‘Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis’, com 2.582 vagas líquidas; ‘veículos automotores’ (1.788) e ‘couro e calçados’ (777). Entre os destaques negativos, a ‘confecção de artigos do vestuário e acessórios’ destruiu 1.300 vagas, enquanto o setor de ‘produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos’ encerrou 525 postos de trabalho.
No caso de ‘Produtos Alimentícios’, houve saldo líquido de 4.349, lembrando que o segmento sucroalcooleiro faz parte desta categoria. Na prática, portanto, foram destruídos 834 postos de trabalho no setor, quando excluído o saldo líquido registrado pela indústria da cana-de-açúcar.
Para o segundo vice-presidente da Fiesp e diretor titular de seu Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia, José Ricardo Roriz Coelho, o crescimento da economia indica uma recuperação, mas em ritmo ainda abaixo do desejado.